Pois é, passou mais um mês de viagem e cá estamos para vos dar as estatísticas de março de 2017!
Foi um mês mais calmo que o anterior. Passámos por 7 destinos, saltando entre a Argentina e o Chile, e agora somamos um total de 15 em dois meses.
Surpreendentemente, mantivemos uma derrapagem face ao orçamento inicial. É de cerca de 15% este mês, mas por motivos diferentes de fevereiro.
Positivo: gastámos menos do que o previsto em refeições, por termos feito apenas 17 refeições em restaurantes. Também gastámos menos em alojamentos, deslocações diárias e viagens longas. Até aqui as estatísticas de março correram bem.
Negativo: No entanto foi o descalabro total nos gastos em excursões e transfers, entradas em parques, passeios de barco, etc. Então, nós já sabíamos que a Patagónia era cara, mas não esperávamos que fosse tanto. Claro que não sendo do tipo de ficar em casa a ver televisão, acabámos por gastar cerca de 700€ em:
- Visita ao Parque Nacional de Torres del Paine (244€ para 2 pessoas – não tendo pago nada pela estadia, tivemos de alugar tenda, sacos-cama, autocarro de ida e volta até ao parque, autocarro e barco no interior do parque, além da própria entrada no parque – iremos pormenorizar os gastos num artigo exclusivamente sobre isto)
- Passeio de barco no canal Beagle (134€ para 2 pessoas);
- Visita ao glaciar Perito Moreno (116€ para 2 pessoas, incluindo o autocarro até ao parque e a entrada)
- Visita à Peninsula Valdés (81€ para 2 pessoas, incluindo entradas no parque, aluguer do carro e combustível, divididos por 5 pessoas)
- Passeio de autocarro pela estrada dos 7 lagos (65€ para 2 pessoas, viagem de ida e volta em autocarro regular)
- Outros…
Outros dados:
- A nossa estadia mais económica foi em Puerto Natales, no Chile. Ficámos em dormitório de 8 camas, com pequeno-almoço, por 24€/noite para os dois (excluindo as noites grátis em Torres del Paine), confirmando os preços altos da Patagónia
- A pior estadia claro que foi na tenda em Torres del Paine, mas pelo menos foi grátis!
- Caminhámos em média 10km por dia para o mês completo e 21km/dia em Torres del Paine
- Percorremos um total de cerca 5800km de autocarro, o equivalente a ir do Porto a Baku, no Azerbeijão, por terra (vejam o mapa de seguida com o nosso percurso durante o mês)
- As viagens continuam a absorver a maior fatia dos custos, mas com muito menor expressão, cerca de 30% do total; somando os alojamentos, representam 50% do total, bastante inferior ao mês passado
- Apenas trocámos de planos uma vez – uma noite passada no meio do nada, dentro do autocarro entre El Calafate e Bariloche, atolado em lama – não estava previsto 🙂
Fiquem com os dados (acumulados à frente entre parênteses):
- 31 dias (a viagem leva 51)
- 7 destinos (14)
- 2 países (4 – Brasil, Argentina, Uruguai e Chile):
- Argentina
- Chile
- O Melhor – Glaciar Perito Moreno
- O Pior – Atolados na lama 13 horas, aqui:
- Alojamentos:
- O Melhor – Glaciar Perito Moreno Hostel (El Calafate) – 36€/noite
- O Pior – Parque de Campismo Italiano (Torres del Paine) – grátis
- O mais caro – La Tosca Hostel (Puerto Madryn) – 37€/noite
- O mais barato (excepto o campismo grátis) – La Bitacora (Puerto Natales) – 24€/noite
- 0 noites em avião (1)
- 5 noites em autocarro (8)
- 23 noites em hostel (38):
- 9 noites em quarto privado (4)
- 14 noites em dormitório (8)
- 0 noites em hotel (4)
- 3 noites em tenda (3)
- Maiores despesas:
- Viagem de autocarro de El Calafate a Bariloche (1543km em 36 horas)
- Viagem de autocarro de Mar del Plata a Ushuaia ( 1790km em 33 horas)
- Passeio de barco no canal Beagle
- Estimativa de distâncias percorridas (acumulados à frente entre parênteses):
- 0km de avião (8815km)
- 5800km de autocarro (9351km)
- 322km a pé – 84km nos 4 dias de Torres de Paine (547km)
- 60km de comboio (60km)
- 0km de barco/ferry (50km)
- 5km de taxi (5km)
- 450km de carro (450km)
- 0km à boleia (0km)
- Top 3 das piores decisões até agora:
- Compra do drone nos Estados Unidos (falamos aqui)
- Estadia demasiado longa em El Calafate e não ter ido a El Chaltén
- Escolha do alojamento em Cabo Polónio
É fácil provar com as estatísticas de março e fevereiro, que apesar de se planear a viagem e existir folga no orçamento vai sempre haver derrapagens.
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4 respostas
Força ai , boa continuação , agora há que mudar de continente, apanhem um voo até á Australia.
Ainda nos falta muito da américa do sul e central para conhecer… Mas a seu tempo queremos ir para a Austrália! Um abraço!
E o top 3 das melhores decisões?
Qual é o próximo destino? Santiago?
Continuação de boa viagem ! Aproveitem !
Olá Diogo!
É mais difícil eleger as 3 melhores decisões, porque constantemente acertamos nas decisões e só uma vez por outra é que nos enganamos redondamente. Diria talvez:
1. Saída de Torres del Paine na altura certa, de barco
2. Aproveitar ao máximo o que de gratuito Buenos Aires teve para nos oferecer em espetáculos
3. A escolha do hostel em Mar del Plata, pelo convívio que proporcionou com a família que gere o hostel
Neste momento estamos em Santiago (belo nome de cidade). Próximo destino: Mendoza!
Obrigado por participares, não queremos fazer do blog um monólogo! 🙂 Abraço