Por todo o mundo há ruínas que nos mostram como se viveu antes de nós. Investigadores, arqueólogos, cientistas, antropólogos, historiadores e tantas outras profissões, trabalham em conjunto para imaginarmos como os nossos antepassados viviam. Às vezes apresentam-nos provas irrefutáveis, outras falam-nos apenas de hipóteses, mas aguçam sempre a curiosidade, e nasce em nós uma enorme vontade de conhecer o que restou desse outro mundo.
De toda a lista de ruínas famosas, Machu Picchu destaca-se. Destaca-se porque, para além das ruínas, tem uma vista fantástica. Há o trekking pelo vale sagrado e a história que nos souberam vender: o Caminho do Inca. Os peruanos vibram com o seu passado, não o dos tempos coloniais, mas o que tiveram antes. Acham fascinante o que os seus antepassados foram capazes de fazer e construir, os conhecimentos que se pensa que tinham, e contam essas histórias aos turistas como se de um conto de fadas ou de um romance que prende o leitor ao livro se tratasse.
Da nossa enorme lista do que queríamos conhecer e que não prescindíamos Machu Picchu estava no topo. E como conhecer Machu Picchu? Pelo vale sagrado e fazer o caminho que os incas faziam seguindo junto ao rio, de comboio/trem, ou autocarro/ônibus? Fomos pelo vale sagrado, não o percurso tradicional, mas o Inca Jungle Trek. Dias que combinam caminhada com downhill, rafting, termas, slide, atividades culturais e o regresso de comboio.
Já vos contámos, e quem nos conhece sabe, que somos meticulosos na preparação dos nossos planos. Poucas coisas fazemos de cabeça quente, somos uma combinação de dois perfecionistas, calculistas, que pensam nas consequências e que decompõem as decisões a tomar e os seus prováveis resultados. Isto faz com que para nós seja, ainda, impensável arriscar ir para o Perú sem a garantia de conhecer Machu Picchu. Lemos muito, como sempre dizemos que fazemos, e encontrámos vários blogues a falar sobre o assunto. Um artigo do Alma de Viajante (o blog de viagens mais antigo de Portugal, talvez o que menos vive de publicidade e do qual gostamos) dizia que devido ao aumento de turistas nas ruínas as regras de entrada tinham mudado, e em 2017 não seria possível entrar na cidade dos incas sem um bilhete comprado com antecedência. E o que é antecedência? Há quem fale em dois meses, há quem fale em três, há quem fale em uma semana, ou mesmo dois dias. O que muda em cada escolha? Há efetivamente atividades que esgotam. O que esgota? O vale sagrado (o trekking) e as entradas para as montanhas. O que é que, aparentemente, ainda não esgota? A entrada para Machu Picchu.
Através de outro blog ouvimos falar no Inca Jungle Trek da agência Loki Travel. A Loki é uma agência criada para agradar a aventureiros que exijam qualidade. Sabe que o seu trunfo é a relação qualidade/preço. Não podemos dizer que tenha sido um tour barato, mas não temos nada a apontar quanto à qualidade. Nada falhou, divertimo-nos imenso e não, não estamos a ser patrocinados. 😊
A descrição do tour será feita como habitualmente, por dias, para não ser extenso e maçudo. Vamos apresentar-vos os nossos colegas de viagem e contar como ensinámos turistas “certinhos” a serem rebeldes à boa maneira portuguesa, aprendendo a pedinchar/negociar. Vamos contar como andámos a comer cacau ainda em fruto e como o Tiago perdeu a oportunidade de filmar vídeos fantásticos no rafting. Vamos contar como a Raquel ficou petrificada no meio de uma ponte, nos carris, e falar dos animais selvagens da selva peruana.
Preparados para entrar na pele do inca e percorrer o vale sagrado?
Leiam em: dia 1, dia 2, dia 3 e dia 4.
365 dias no mundo estiveram 4 dias no Inka Jungle Trek, de 5 a 8 de Maio de 2017
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2 respostas
Legal esse poste e os outros posts sobre o Peru! Me fez lembrar quando eu estive lá com minha esposa em 2014. Lembro que o ônibus Peru Hop foi no hostel Pool Paradise Lima que nos hospedamos, nos pegou e começamos nossa viagem por Paracas, surfamos na areia em Huacachina, vimos as Linhas de Nazca, passamos por Puno e finalmente chegamos em Cuzco, visitamos Machu Picchu e ficamos no hostel Wild Rover.
Quero voltar lá ano que vem para visitar a Montanha de 7 Cores.
Abraços!
Não perca a montanha. Vale a pena voltar ao Peru para passar lá. Gostámos muito do Peru, tem muito que ver, muita história. Na nossa opinião vale a pena passar em Trujillo e ver as culturas anteriores aos incas.