Entrar na Bolívia por Uyuni é fácil. O carimbo é imediato e rápido, sem registar malas nem controlo de maior. Tal como vos dissemos aqui, nós entrámos pela região do Atacama e foi bastante simples para os europeus. Os europeus não precisam de visto, mas para países que precisam têm duas opções, ou pedem, pagam e recebem na fronteira, ou pedem antes. Sabemos que é mais barato pedir antes, mas não sabemos a diferença. O posto é uma casinha simples no meio da montanha, com dois funcionários atrás de uma secretária. Nada de vidros a separar-nos do funcionário ou computadores, tudo muito, muito simples.
Quem entra pelos tours do salar tem duas fronteiras habituais, Hito Cajon e Ollagüe-Avaroa. A primeira é a mais utilizada, mas se nevar e a fronteira for fechada (esteve fechada dois dias antes do nosso tour), a segunda é a alternativa. Há outras na região, mais a norte do Chile, ou ainda na região do Salar, mas na fronteira com a Argentina.
Sair da Bolívia
Sair da Bolívia já tem mais burocracia. Tivemos que preencher um formulário que nos foi entregue ainda no autocarro da Titicaca Tours sobre os valores com que saíamos, aquela típica pergunta “não tem mais de dez mil dólares consigo, pois não?”.
Saímos por Kasani, ainda do lado da Bolívia, para carimbar a saída. Mais um papel preenchido, entrega de passaporte, esperar pelo carimbo e receber o passaporte. Estes funcionários ficam sempre na dúvida se o turista à frente deles fala espanhol ou não, e quando tentam falar em inglês é uma desgraça, não se percebe nada e eles continuam a insistir no inglês porque acham que não compreendemos espanhol. No autocarro deram-nos dois formulários, o da “aduana” (declaração de valores) e o de entrada no Perú. O funcionário da migração boliviana entrega no momento o formulário da Bolívia, que deve ser preenchido de imediato para que carimbe a saída ao mesmo tempo que carimba o passaporte.
Não se regressa ao autocarro, este segue sozinho com a bagagem, e cada passageiro atravessa a fronteira até ao lado do Perú a pé. Foi a nossa primeira fronteira a pé. Confessamos que não desfrutámos do momento, a viagem estava a ser chata, não nos estavam a explicar bem o procedimento e já havia uma dose de mau humor (na Raquel principalmente, que tolera pouco quando lhe dão informações contraditórias).
365 dias no mundo atravessaram a fronteira do Chile para a Bolívia no dia 22 de Abril de 2017 e da Bolívia para o Peru no dia 28 de Abril de 2017
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