Imaginemos que hoje é a primeira vez que nos lêem. Vamos contar a nossa experiência com free walking tour.
O que é:
O conceito é simples: voluntários, que podem ser locais ou não, fazem de guias e apresentam a cidade num tour descontraído. Tenta-se que sejam menos formais e que abordem curiosidades que não nos contariam num tour “normal”. Duram entre 2 a 4 horas, mas a média andará nas 2h30m. Podem ser temáticas, como um bairro ou uma zona, ou gerais.
A vantagem:
O preço. Há cidades que são caríssimas, até nos tours. As free walking tour partem do princípio de serem acessíveis a qualquer turista, do mais endinheirado ao mais financeiramente depenado. O guia não o faria só por amor à camisola, certo? Quer dizer, sabemos que há pessoas que o fariam, mas geralmente queremos algo em troca, afinal todos temos contas para pagar. Os guias ganham as gorjetas (propinas) que vos pedem no final, mas estas não são obrigatórias.
A desvantagem:
A informalidade, às vezes, pode parecer bandalheira. Podem ficar desiludidos porque estavam à espera de algo mais composto. Os guias não param à vossa procura ou ficam à vossa espera. O lanche a meio tem de ser pago por vocês. Alguns poderão dar-vos um mapa, mas o normal é não terem mapa. Apesar da gorjeta não ser obrigatória, há guias que falam nela bastantes vezes e que “sugerem” valores altos. Não vos vão buscar ao hotel, têm de ir ter a um ponto de encontro.
Como encontrar:
Nós costumamos fazer assim:
- procurar folhetos de publicidade nos hostels;
- procurar na internet;
- quando aparecem várias hipóteses, ou várias empresas, escolhemos a que tem melhores críticas ou o horário que melhor encaixa na nossa estadia.
A nossa gorjeta:
Seguimos o conceito de grátis quase à risca. Damos gorjeta, porque sabemos que aquela pessoa faz um esforço para prestar um bom serviço, mas damos gorjetas pequenas. Se o tour nos parecer fraquinho a gorjeta é pequenina, se o guia nos tiver proporcionado uma experiência fantástica, damos mais. Nunca damos o valor que sugerem, porque falam sempre no custo de um tour normal, coisa que não são.
A nossa experiência:
Apanhámos de tudo. Desde o de Medellin, o free tour mais organizado, com marcação prévia, como tours com ofertas, como em Lima, São Paulo, Bogotá, Santiago, entre outras cidades. Encontrámos guias estrangeiros, guias nacionais com um inglês manhoso (preferimos sempre os tours em espanhol para que o guia fale na sua língua materna) e “sugestões” de sítios para almoçar com o guia que eram caras, imagine-se porquê. De forma geral, foram sempre experiências fantásticas e uma das melhores formas de conhecer as cidades em poucas horas, selecionar o que queríamos mesmo conhecer a seguir e receber boas dicas (Quito, São Paulo). Em Bogotá e em Cusco os guias eram um bocadinho políticos e transmitiam as suas opiniões quanto ao seu presidente ou quanto à colonização espanhola de forma entusiasta.
Podem reservar uma free walking tour em Lisboa com o nosso parceiro Civitatis clicando aqui.
Este artigo pode conter links afiliados