Tamarindo começou por ser uma aldeia de pescadores, mas a sua história vai mais além, como contam os achados arqueológicos do povo que vivia nesta zona antes da chegada dos espanhóis, de etnia chorotega. Hoje, é um destino de referência para surfistas, o que faz dela uma praia cara, mas também o melhor destino da região para encontrar hostels.
Circular de carro alugado nesta viagem é uma novidade. Já contámos no post sobre Monteverde que ainda pensámos em alugar uma autocaravana e chegámos a ver preços, mas ficava mais caro que o sistema de aluguer de carro+alojamento. A liberdade que temos em decidir o que queremos fazer durante o dia, o que visitar, a hora de saída para o destino seguinte, mesmo a forma como gerimos o tempo de viagem, é fantástico. Acabamos por parar em supermercados, apetrechar-nos de um kit para as refeições do dia e seguir descansados, sabendo que comida e transporte não nos faltará.
Foi a primeira vez que embarcámos para um destino sem reservar quarto e não correu muito bem, porque chovia torrencialmente. Tentámos primeiro em Playa Cocos e aí era caro, só nos apareciam sítios a 55-60 USD, tendo até encontrado um hotel a 500 USD. Decidimos ir para Tamarindo quando percebemos que os hostels ficavam nessa praia. Chovia torrencialmente, o céu ficava completamente iluminado pelos trovões e nós continuávamos na estrada, à procura de um sítio para ficar. Visitámos 6 sítios e ficámos no último.
Quando a chuva acalmou saímos para jantar e já não nos pareceu um destino para backpackers, mas sim para famílias em viagem. Preços acima da média, pessoal a jantar enquanto bebe um vinho, famílias inteiras a jantar ou a circular pela cidade. Até as lojas da cidade nos pareceram ser de gama média/alta.
O que fazer em Tamarindo:
Junto à cidade, a praia mais popular da zona. Há desportos, concessões com cadeiras, campos de volley, bares.
Ir a Playa del Coco. Tal como Tamarindo, é um destino popular, não recomendado parq quem gosta de estar sozinho.
Ir a Playa Baia de los Piratas, se gostam de praias com pouca gente, está é a vossa praia. A água tem a temperatura ideal e cristalina o suficiente para fazer snorkeling. Vimos muitos peixinhos, o Tiago viu uma tartaruga e a Raquel lagostas. Há umas “ilhotas” no meio da praia que podem ser escaladas. Na estrada, junto às praia, há um terreno privado com macacos que aproveitam as mangueiras para se consolar e dar umas dentadinhas em quase todas.
Ir a Playa Mina. Uma praia deserta, onde encontrámos só 5 pessoas. Esta praia tem menos rochas e é mais ampla. Melhor para ficar a torrar ao sol.
Ir a Playa Conchal, mesmo esquema populista das praias de Coco e Tamarindo. Vendedores de rua, kayaks, resorts.
Ir a Playa Flamingo. Mais a norte, é uma praia mais popular, como Conchal, Coco e Tamarindo.
Ir ao Marino Las Baulas National Park.
Onde ficar:
O Hostel Selina é um bom hostel. Cama em dormitório custa 15 USD e quarto privado custa 40 USD.
Tamarindo Backpackers. Tem piscina, as casas de banho são estranhas, não tem água quente, mas é confortável. A cozinha é bem equipada e tem AC nos quartos. Foi onde ficámos e conhecemos a Sabrina e o Brian.
Onde comer:
Nari, comida italiana boa, mas não é barato.
Asian Fusion Bistro, este sim é barato. Temos que agradecer à Sabrina por nos ter trazido até aqui. A Sabrina e o Brian estavam no mesmo hostel que nós e foram à boleia connosco até às praias mais afastadas, menos concorridas, para fugir do spot de Tamarindo. Foi aqui que vimos a derrota de Portugal que falhou os 3 penaltis, fazendo a alegria dos Costa Riquenses da gelataria, que apoiavam o Chile.
365 dias no mundo estiveram 2 dias em Tamarindo, de 27 a 28 de Junho de 2017
Classificação: ♥ ♥ ♥
Preços: médio/caro
Categorias: praia, noite, surf, natureza
Essencial: Parque Nacional Marino Las Baulas, praias
Estadia Recomendada: depende, 2 dias mínimo, para conhecer as praias à volta, mas podem ficar uma semana se forem amantes do surf
2 respostas
Esses países da América Central despertam-me cada vez mais a curiosidade 😉
Vale a pena ir “matar” a curiosidade. São países lindos e cheios de vida. Há muito que fazer, são relativamente seguros e baratos, estão interligados pela sua história e têm uma gastronomia ótima.