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COMO CHEGAR E VIAJAR POR SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

Chegar a São Tomé não é difícil, também não é brutalmente caro e vale cada cêntimo gasto.

Como chegar a São Tomé

No nosso caso, fomos a partir de Luanda. O voo não é muito longo, apenas cerca de 2 horas de viagem, mas ter parte do avião sem ar condicionado não abonou muito a favor do conforto. Mas o Tiago não se pôde queixar: nas datas que queríamos só conseguíamos um lugar em económica, tendo o outro “desgraçado” de chegar a São Tomé em executiva. Como o Tiago tinha mais milhas na TAAG, lá foi ele em executiva, sem autorização para trocarmos de lugares e partilharmos as regalias (um na ida e outro no regresso).

De Lisboa, pela TAP, a viagem dura cerca de 8 horas, com escala em Accra. No entanto, com base nas nossas pesquisas recentes, o percurso mais barato é Lisboa-Luanda-São Tomé-Luanda-Lisboa, pela TAAG (cerca de 17h de viagem). A STP Airways tem dois voos semanais diretos, mas costumam ser caros (apenas 6h de viagem). O ideal é recorrer ao Skyscanner para escolherem a vossa melhor opção. À data de hoje (5 de novembro de 2020), uma reserva de ida e volta a partir de Lisboa, com a STP Airways, de 21 a 28 de novembro, custaria 473€.

Como circular em São Tomé

Dissemos que tínhamos tudo organizado a partir de Luanda, algo que foi fácil, a partir da internet, onde encontrámos os Serviços Turísticos de São Tomé e a Marta Freitas. A Marta fez um trabalho excelente, foi paciente na nossa procura pelo pacote ideal, e acabámos por contratar um serviço com carro e motorista/guia durante os dias que necessitávamos.

Foi através dela que conhecemos o Arcelino, o guia que nos acompanhou durante toda a viagem, exceto no Ilhéu das Rolas. Assim, todas as manhãs, ia buscar-nos à guesthouse e guiava-nos pelo percurso planeado para o dia, sempre com paragens para almoço, conhecer roças, descansar nas praias, etc.. Temos sugerido a Marta a todas as pessoas que nos dizem que vão a São Tomé porque ela é incansável, tendo ido receber-nos ao aeroporto (e nós chegámos bem depois do previsto) e explicado como seriam os nossos dias seguintes. Um dos dias, até nos foi levar e buscar ao restaurante onde fomos jantar. A Marta é portuguesa, apaixonada por São Tomé, e é por existirem pessoas como ela que achamos que não é necessário que se vá para este belo país num pacote tudo incluído de agência de viagens, como é tão comum para quem viaja a partir de Portugal.

Também é possível alugar só o carro, mas nós recomendamos que inclua o guia. Uma pessoa local consegue resolver qualquer problema muito mais facilmente, e os caminhos e carros de São Tomé têm tendência para dar problemas. Portanto, se querem uma estadia ao bom ritmo são tomense “leve-leve“, se querem conhecer aquela cascata que está num terreno privado com segurança, se querem visitar os fornos onde se torrava o cacau, mas que estão fechados, ou se não querem pagar gorjetas acima do “suposto”, então optem por ter um guia.

Atenção:

Como sempre, esta é uma opinião pessoal, mas se preferem ir em pacotes tudo incluído, mesmo sabendo que vos vai custar muito mais, ou não ter um guia, não criticamos, são opções perfeitamente válidas.

chegar a são tomé

E como partir de São Tomé?

São Tomé e Príncipe cobra uma taxa turística diária e uma outra aeroportuária. São 75.000 dobras/dia (aproximadamente 3€) pela primeira, cobrada pelos hotéis, navios cruzeiro ou agências de viagem, e 20€ pela segunda, incluída no pacote das agências de turismo. Na altura em que fomos, a cobrança era feita à saída. No momento em que se dirigiam à entrada do aeroporto eram desviados para a fila de liquidação dessa taxa, só sendo depois autorizados a entrar no terminal. Ainda não voltámos desde 2016, mas na altura o aeroporto era rudimentar, com pesagem “manual” das malas. Sabemos que o aeroporto está nesta altura em obras.

Como chegar ao Príncipe:

Já vos dissemos que não fomos, mas ainda pesquisámos os voos. A companhia que faz as viagens diárias é STP Airways e cada percurso custa cerca de 100€. Explicámos o nosso plano financeiro da altura, e acabámos por não conseguir encaixar este extra. Numa visita mais longa e com um orçamento maior, sabemos que ir ao Príncipe é obrigatório. Afinal, é reserva da biosfera. A oferta de alojamentos também está a aumentar.

Dobra:

A moeda são-tomense é o Dobra (STD), que tem um câmbio para o Euro nada simpático (1€ = 24.470 STD), o que pode dificultar a noção dos preços. Uma boa referência é: 100.000 STD = 4€. Nós não levámos kwanzas, mas na altura era relativamente fácil trocar kwanzas por dobras no mercado informal, o que teria sido uma vantagem para nós. Só percebemos ao notar que os são-tomenses residentes em Angola apenas traziam kwanzas. Pagámos o possível com os nossos cartões de crédito, como os alojamentos, pagámos os tours através de transferência bancária e trocámos alguns euros. Em São Tomé não existem caixas multibanco que aceitem cartões internacionais.

Vacinação:

Países como Angola e Brasil (endémicos de febre amarela) obrigam a que os seus cidadãos ou residentes entrem com o boletim internacional de vacinação e a vacina da febre amarela em dia. Recomenda-se também a profilaxia da malária. Assim sendo, nós, por residirmos em Angola na altura, não precisámos.

Vistos:

Países do espaço Schengen, EUA e Canadá, não precisam de visto, mas têm de apresentar um passaporte válido com duração superior a seis meses. Visitantes de outros países, mas com visto para um dos países indicados acima, também não precisam de visto. Isto  é válido para estadias turísticas até 15 dias. Se necessitarem de visto, pede-se aqui.

Deambular à noite pela cidade de São Tomé:

Nós chegámos a andar a pé pela cidade, de noite, para regressar de um jantar. Não nos sentimos confortáveis, não por nos sentirmos inseguros, mas pela falta de iluminação, pouco movimento na rua, e por andarmos meio à deriva. Durante o dia, exceto em destinos específicos, como o Ilhéu das Rolas ou Praia Inhame, andámos sempre com o nosso guia.

365 dias no mundo estiveram 6 dias em São Tomé e Príncipe, de 28 de outubro a 3 de novembro de 2016

Leiam mais sobre esta viagem, aqui:

OS TRÊS C’S: CACAU, CAFÉ E CALOR

ILHÉU DAS ROLAS

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