Tínhamos lido muita gente falar do como era maravilhoso e recomendavam o banho turco, mas dar 80€ (preço visto num Hamam em Istambul) não estava nos planos. Os dois num banho turco pagava uma viagem de balão na Capadócia, que queríamos mesmo fazer. Não estávamos de férias em mochilão, como em 2017, mas isso não nos torna esbanjadores, só um bocadinho mais flexíveis. Lemos sobre pessoal que pagou 100€ pela experiência e não, não o íamos fazer. Até que… em Antalya a Raquel viu um Hamam numa rua e apontou o nome. Ao pesquisar na net descobrimos que não só era barato (programa completo 38$) como tinha vagas para o dia seguinte. Reservámos a sauna, o peeling e a massagem com óleo.
Aproveitámos bem o dia e às 18h estávamos a porta do Sefa Hamam. No espaço somos recebidos por um rapaz com um inglês bastante bom e que pede a um funcionário que nos acompanhe aos cacifos. Recebemos um vestiário só para os dois, com vários cacifos de chave, duas prateleiras de chinelos de borracha e duas toalhas. Recomendamos que as mulheres levem um bikini, não muito novo para não estragar com o óleo/azeite. Os massagistas são homens e eles sentem-se mais à vontade se estiver algum tecido por baixo da toalha. Os homens podem perfeitamente fazer naturismo.
Somos levados para o andar inferior onde nos deixam na sauna, uma sala toda em pedra com uma espécie de túmulo em pedra ao centro que deve funcionar como caldeira, porque estava quente e era onde queriam que nos deitássemos durante dez minutos. Ficámos bastante mais tempo, mas quase nunca deitados (a pedra estava extremamente quente).
Fase 2: o Tiago vai primeiro e depois a Raquel. É pedido que nos sentemos numa outra pedra e somos esfoliados com uma luva. Primeiro a cara, depois os braços. Despejam-nos água em cima uma, duas, três vezes, e mandam-nos deitar. Agora as pernas e costas, e água, pernas e tronco, e água novamente. Sopram para um saco de tecido cheio de sabão e passam com aquilo nas costas e pernas. Despejam água, sentam-nos, e até o cabelo nos lavam. O banho turco já está, falta a massagem.
Trocamos para toalhas secas e somos acompanhados até uma mesa onde nos dão fruta e chá, para recuperar líquidos da experiência anterior. As inglesas que entraram connosco vão primeiro à massagem com óleo e nós ficamos na conversa. Descobrimos que Antalya é muito quente em julho e agosto, vemos um documentário na TV e falamos sobre hábitos e clima dos nossos países. É aqui que nos falam que se quiserem fugir ao calor, na montanha têm neve, e a viagem é rápida.
Passamos à sala de massagem e cada um fica numa marquesa onde estão mais duas toalhas limpas e somos cobertos com uma nova. Primeiro massajam pernas, costas, viramos, pernas, braços, cabeça e até couro cabeludo. Tudo num ambiente com música relaxante, enquanto os massagistas conversam entre eles. Ouve-se um chapadão, foi nas costas do Tiago, está demasiado tenso, cheio de stress, diz o massagista dele. Mais umas pancadas e dizem-nos para ficarmos cinco minutos ali a relaxar antes de levantar.
Pode-se tirar fotos, foram-nos dadas no total umas 8 toalhas, uma taça cheia de frutas (pêra, ameixa, kiwi, uvas), chá (duas vezes), duas garrafas de água, fizemos à vontade 30 minutos de sauna e pagámos 21€ cada. Achámos um ótimo negócio! Se houvesse disto em Portugal seria paragem regular.
Paga-se à saída em dinheiro e liras. A tabela turca diz que cada um dos serviços custa 40 liras, excepto a massagem com óleo que custa 60. Sauna, peeling e massagem com sabão ficam por 120 liras.
Sai-se com o azeite não totalmente absorvido, por isso recomendamos vestir qualquer coisa leve que não adira muito à pele. Vão-se sentir a vaguear na zona história a flutuar, relaxados, ensonados e com vontade de repetir todos os dias até abandonar a cidade.
Recomendamos vivamente. Aliás, por 21€, era já agora outra vez…
Este artigo pode conter links afiliados