Quem não gostaria de poupar um pouco mais? Arriscamos dizer que todos nós! Por vezes, para poder gastar em algo alternativo no mesmo momento, outras, sem um gosto especial ou mesmo vontade de o fazer, simplesmente porque existe um objetivo maior a longo prazo. Tentámos poupar em Copenhaga, sem abdicar de alguns mimos.
Para um turista português de classe média há vários destinos europeus caros. Os salários portugueses são dos mais baixos da UE, o que faz diferença na hora de viajar, podendo influenciar a escolha do destino. Já para um turista proveniente do Brasil, ainda se juntam outros fatores, como a valorização do real, os altos preços das viagens intercontinentais, a necessidade de passaporte, seguro, etc..
Todos nós procuramos na internet pequenos truques que nos permitem poupar qualquer coisa nestes países. Free walking tours, museus grátis e restaurantes mais em conta são alguns dos exemplos. Queremos aqui destacar algumas formas simples de poupar um pouco que utilizámos na nossa escapadela relâmpago à capital da Dinamarca.
Copenhagen Card
Uma das formas de poupar em Copenhaga, se forem do tipo de turista que quer ver muitas atrações pagas, é comprar o Copenhagen Card. O cartão pode ser de 24, 48, 72 ou 120 horas e custa, respetivamente, 54, 80, 99 ou 133€. Permite entrar em 86 museus/atrações, como a Torre Redonda, Amalienborg, Rosenborg, Christianborg e o Museu do Design. Os transportes metropolitanos estão incluídos no cartão, sem qualquer custo adicional, e dá também descontos de 10 a 20% em city tours e hop-on hop-off. Se forem ao site, também vão encontrar códigos que podem inserir em algumas apps, como a Donkey Republic, e descontos de 10 a 25% em restaurantes e bares. Nós não comprámos porque tínhamos muito pouco tempo útil, não conseguindo ver o número mínimo de coisas que compensasse o investimento. Nós gastámos 180 coroas em dois dias de visitas e o cartão de 48 horas custar-nos-ia 569. Analisem bem qual o vosso itinerário de visitas para verificarem se compensa comprar o cartão.
6 por 1 – Parkmuseerne
Se gostam de museus e fazem parte do vosso roteiro o Museu de História Natural, a Galeria Nacional, o Museu dos Trabalhadores, as Colecções de David e Hirschsprung e o Castelo Rosenborg, então podem comprar um bilhete único para o conjunto destas seis atrações por 33€ (245 coroas), válido por um ano. Somando o preço individual de cada local fica por 420 coroas, mas atenção, dois deles são grátis. O conjunto Castelo Rosenborg com Amalienborg também tem desconto. Os preços também baixam bastante se forem estudantes.
Free Walking Tours
Nós somos fãs destes tours (falamos na nossa experiência aqui), principalmente porque seduz-nos muito a opção de pagar o que se quiser, permitindo, tanto recompensar um bom guia, como reduzir o preço de um tour menos interessante. Geralmente começamos as nossas visitas com um tour destes para saber o que interessa visitar de seguida. Em Copenhaga não fizemos nenhuma, mas cruzámos-nos com a Copenhagen Free Walking Tour e vimos publicidade no centro de turismo à Motes. A primeira dá a conhecer o centro da cidade e tem o ponto de partida nos degraus da Câmara, às 10h, 11h e às 15h, em Hojbro Plads às 16h apresenta Christianshavn e ao meio dia é o tour clássico. A segunda tem um conceito interessante e diferente, só desbloqueia quando estão nos locais. A Turismo de Copenhaga disponibiliza tours de 2h ou 3h para fazerem sozinhos, com um mapa que é dado no centro de visitantes.
Circular
Não há nada mais económico do que conhecer a cidade a pé, mas também não há nada mais cansativo. Se comprarem o Copenhagen Card automaticamente ficam com acesso aos transportes de forma gratuita. Também podem poupar em Copenhaga utilizando as bicicletas partilhadas com os códigos de desconto. Nós usámos a Bycyklen e a Donkey Republic, como explicámos aqui.
Refeições
Uma solução simples para poupar em Copenhaga é, claro está, optar por comer em casa/hostel. Nós fizemos as nossas refeições de todas as formas possíveis. Comemos em casa, fomos a um restaurante e comprámos sandwiches e alguns bolos típicos (kanelsnegl) no ALDI de Gothersgade para comermos junto ao canal de Nyhavn. Ficou barato, mas, sendo inverno, foi ligeiramente desconfortável. Este ALDI também tem umas máquinas de café e derivados muito baratas. Se não dispensam café e mesmo assim quiserem poupar algum dinheiro, façam aqui um take-away. Considerando o nível de vida e salário médio na Dinamarca, podemos dizer que os preços de supermercado até nem são muito altos.
Segue uma tabela de preços do Fakta em Christianshavn:
PRODUTOS | PREÇO | |
(Fakta) | DKK | EUR |
Frango (1kg) | 55 | 7,4 |
Leite de amêndoa (1L) | 25,95 | 3,5 |
Polpa de tomate (400g) | 9,95 | 1,3 |
Leite magro (1L) | 9,95 | 1,3 |
Natas (500ml) | 19,95 | 2,7 |
Água (2L) | 4,75 | 0,6 |
Ovos (4) | 13,95 | 1,9 |
Papel Higiénico (8 rolos) | 33,95 | 4,6 |
Couchsurfing
A cidade não é barata, nós abusámos da hospitalidade de familiares. Camaratas ou quartos ficam a cerca de 30€/noite, apartamentos rondam os 60€/noite, quartos de hotel são difíceis de encontrar a menos de 100€. Atenção, isto são preços pesquisados sem grande critério para maio, tanto no Booking, como no Airbnb, só para terem uma ideia.
Cartões virtuais
Quanto à temática de levantar dinheiro em Copenhaga, trocar euros por coroas, ou outras soluções: nós não levantámos uma única vez dinheiro, usámos o Revolut para todos os pagamentos e foi bastante vantajoso. Não sendo especialistas na matéria, o Revolut (podem utilizar o nosso link para ter um cartão gratuito) é a nossa solução preferida. Sabemos, no entanto, que se for necessário levantar mais de 200€ (cada) já é preciso fazer algumas contas às taxas.
365 dias no mundo estiveram em Copenhaga de 9 a 10 de março de 2019
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