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TRUJILLO, TERRA DE CONQUISTADORES (ESPANHA)

Terra de Pizarro, conquistador e fundador da cidade homónima no Peru. É uma cidade da Extremadura.

Tem graça para nós conhecer Trujilllo no Perú e agora conhecer Trujillo em Espanha. A cidade pareceu-nos mais apelativa que Cáceres, não que a anterior não fosse mimosa e fotogénica, mas Trujillo tem menos gente nas ruas e é mais aberta. Choveu muito durante a nossa estadia na Extremadura, mas as abertas permitiram-nos visitar o máximo possível. Chegámos à tarde, deixámos as malas no hostel e seguimos viagem a pé para o centro.

Tem forte influência romana, já foi chamada de Turgalium, e foi ocupada por muçulmanos. A cidade é casa-mãe de Francisco Pizarro, conquistador no Perú, e de Francisco de Orellana, descobridor do rio Amazonas que o percorreu integralmente. As suas estátuas encontram-se pela cidade. Pizarro está a cavalo e Orellana tem um busto em posição de destaque. Estas personalidades da terra tiveram uma forte importância nas conquistas espanholas das américas, após a descoberta de Colombo. Pizarro fundou Lima e Trujillo, fez alianças com o último imperador inca e casou com a sua irmã. Mais tarde foi vítima de traições, tanto do imperador como de outros conquistadores espanhóis.

A cidade não é muito grande, mas já foi bastante importante. Já foi famosa pela Feira de Junho, agora tem a Feira Nacional do Queijo. As festas do padroeiro são o acontecimento local, no primeiro domingo de maio. As festas de El Cristo de la Salud ocorrem na Ermida San Lazaro, uma igreja mais afastada do centro. Para nós será sempre Trujillo de Espanha, diferente de Trujillo do Perú.

Trujillo

O que visitar:

Plaza Mayor: A praça de todas as cidades espanholas (procurem a estátua de Pizarro).

Trujillo

Palacio de los Pizarro: palácio da família de Pizarro, marqueses da conquista, pelos feitos na conquista do império Inca. Arquitetonicamente é um marco, bastante bonito, preserva os escudos na fachada e o balcão no canto, representando simbologia indígena, italiana e castelhana.

Palacio Juan Pizarro de Orellana: Cervantes ficou aqui hospedado sob proteção de Pizarro. Construiu-se o palácio renascentista para proteger a Plaza Mayor e a estrada para Sevilha.

Alcazaba de Trujillo: merecia mais enquadramento, uns painéis informativos ajudariam, mas a vista sobre a cidade é imperdível. Pode-se caminhar sobre toda a muralha. Na capela, por 0,50€, podem ver a santa girar.

Trujillo

Trujillo

Iglesia de Santa María la Mayor: por 1,5€ e até às 20h pode-se subir até às torres. A torre em que o acesso é feito pela nave da igreja é aberta e mais engraçada, mas a vista é imperdível das duas. O retábulo é muito bonito. Em frente têm o busto de Orellana.

Trujillo

Torre del Alfiler: tudo fechava às 19h por isso tivemos que selecionar o que visitar até ao final do dia. Não subimos porque achámos que a vista do castelo seria melhor. Construída como fortificação árabe. Fez parte da mansão dos Chaves-Orellana.

Casa Museo Pizzaro: a casa é bastante bonita, pelo menos do exterior. É a casa de Pizarro, onde se expõem diversos objetos e factos da sua história. A entrada custa 1,5€.

Puerta de San Andrés: a passagem, bem preservada, faz-nos imaginar uma entrada formal na cidade, como se estivéssemos a atravessar portões. Há outras pela cidade, como a Puerta del Triunfo e a Puerta de la Coria.

Onde comer:

Não fizemos grandes refeições na cidade porque lanchámos quando começou a chover e os montaditos e bocadillos deixaram-nos quase jantados.

El Cafe de Trujillo é um espaço agradável para lanchar ou tomar o pequeno-almoço. A pastelaria é vasta e tem bom café (Delta). Funciona em pré-pagamento e fica muito perto da Plaza Mayor. Tem também uma pequena seleção de produtos locais para venda, como licores e afins.

Onde dormir: 

O Eurostars Palacio de Santa Marta fica muito perto da Plaza Mayor, tem piscina, e é talvez dos espaços da cidade com mais pinta. Do género, encontra-se o Hotel El Mirador de las Monjas.

Os Hotel Boutique Posada dos Orillas e o Palacio Chaves Hotel têm um ambiente de casa burguesa.

Sair à noite:

Nós não o fizemos. Chovia, eram os anos do Tiago, tínhamos uns dias intensos com muito para visitar, mas parece-nos que vale a pena visitar alguns espaços, como La Abadía. Tem um terraço giro e uma vista privilegiada para o castelo. Também se recomenda o Imaging.

365 dias no mundo estiveram na Extremadura de 17 a 20 de abril de 2019

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2 respostas

    1. Foi uma bela surpresa, e em ano que Espanha comemora o 5 centenário da sua volta ao mundo faz sentido visitar as cidades de onde vêm os chamados conquistadores.

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