VALE A PENA CONHECER REYKJAVIK? (ISLÂNDIA)

A capital islandesa é muitas vezes desprezada pelos visitantes do país do gelo e fogo. Nós não podíamos discordar mais. É uma cidade fresca, vibrante e colorida.

A Islândia é um país relativamente pequeno em área, mas, ainda assim, maior que Portugal. No entanto, tem muito menos habitantes. No total são cerca de 350.000 pessoas e quase 150.000 vivem na capital, Reikjavik, a “grande” cidade do país. Esta acaba por ser o centro turístico-comercial dos turistas que visitam a Islândia. Souvenirs, compra de equipamento desportivo, marcação de tours, tudo isto concentra-se nas ruas do centro da cidade, que poderemos descrever como cultural, urbana e moderna.

O que visitar:

Harpa: o icónico centro cultural fica na baixa, no vértice junto ao mar, e é um grande edifício de vidro inspirado nas colunas de basalto naturais. De noite os vidros iluminam-se com várias cores e oferecem uma coreografia aos transeuntes. O desenho do edifício é uma parceria entre o atelier de arquitetura dinamarquês Henning Larsen e o artista local Olafur  Eliasson (filho de islandeses, mas nascido em Copenhaga). Oferece vários concertos e espetáculos semanais e poderão comprar os bilhetes no site oficial. Disponibiliza também diariamente, às 14h, visitas guiadas em inglês, com a duração de 30min (preço – 2.000 ISK).

Podem ler mais sobre a nossa ida ao ensaio geral da Orquestra Sinfónica Islandesa aqui.

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Sólfar (Sun Voyager): uma escultura de Jón Gunnar Árnason situada próxima da rua Sæbraut e da Harpa. É uma ode ao sol, uma promessa pela busca de territórios desconhecidos, esperança, liberdade e progresso. Bastante fotogénica, mas é um local que pode estar lotado.

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Hallgrímskirkja: esta igreja luterana é a grande atração local, a maior do país, e o sexto edifício mais alto. Foi desenhada para imitar o movimento de lava pelo arquiteto Guðjónn Samúelsson. Permite subir à torre de 73 metros (preço – 1.000 ISK). A entrada na igreja é gratuita e abre às 9h.

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Às quintas-feiras, às 12h, é possível assistir gratuitamente a um espetáculo de “meditação com órgão”. O organista toca o instrumento de 1992 durante meia hora. Existem dois festivais que decorrem na igreja. Podem ver mais informações aqui.

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Landakotskirkja (Basílica do Cristo Rei): igreja católica que fica mais afastada do centro, junto às embaixadas, em Landakot. Do mesmo arquitecto que Hallgrímskirkja.

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Sogu Safnid (Museu Saga): mostra a história desde os primeiros colonizadores, recriando partes essenciais da história islandesa. Está aberto das 10h às 18h (preço – 2.200 ISK).

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O Museu da Cidade de Reykjavik é constituído por 5 museus: o museu marítimo, o museu a céu aberto de Árbær, a exibição do assentamento, o museu de fotografia e Viðey.

  • Sjóminjasafnid (Museu Marítimo de Reykjavik): fica junto ao porto. O edifício é muito interessante e a loja fica junto a um restaurante. Ali encontram alguns souvenirs alternativos, menos “comerciais”.  Está aberto das 10h às 17h e disponibiliza visitas guiadas às 13h, 14h e 15h (preço – 1.700 ISK).
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  • Árbæjarsafn (Árbær Museu ao Ar Livre): pelo país há vários museus a céu aberto, que geralmente representam a vida típica do país, incluindo atores vestidos rigor. Está aberto das 10h às 17h no verão (junho a agosto) e das 13h às 17h o resto do ano. O bilhete custa 1.700 ISK e tem visitas guiadas às 13h. Encontram aqui uma antiga igreja luterana que foi transferida para o museu.
  • Landnámssýningin (The Settlement Exibition): fica dentro do museu da cidade e apresenta a era viking e as descobertas arqueológicas do país. Está aberto das 9h às 18h e custa 1.700 ISK. Oferece também visitas guiadas de junho a agosto, às 11h.
  • Ljósmyndasafn Reykjavíkur (Museu da Fotografia): Partilha o edifício com a biblioteca e arquivos da cidade. Tem 6 milhões de fotografias, de 1840 a 2014. São fotografias sobre a Islândia, muitas de fotógrafos estrangeiros. O horário de abertura varia: das 10h às 18h (segunda a quinta-feira), das 11h às 18h (sexta-feira) e das 13h às 17h (fins de semana) (preço – 1.000 ISK).
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  • Viðey: a ilha, rica em aves, é acessível todo o ano por ferry. Na ilha encontra-se o The Imagine Peace Tower, uma obra de Yoko Ono, viúva de John Lennon. De 15 de maio a 30 de setembro, o primeiro ferry sai às 10:15h e o último regressa às 18:30h. De 1 de outubro a 14 de maio, o primeiro ferry sai às 13:15h e o último regressa às 16:30h (preço – 1.600 ISK).

The Imagine Peace Tower: Yoko escolheu a Islândia por ser considerando um dos países mais pacíficos do mundo e não ter forças militarizadas. A torre ilumina-se a partir de 9 de Outubro até dia 8 de dezembro. A iluminação começa uma hora depois do sol se por e permanece no horizonte até à meia noite. Também se ilumina em datas especiais, como o aniversário de Yoko e a data da sua lua de mel. Pode ser visitada em tour a partir do Ægisgarður pier.

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Perlan – Wonders of Iceland: o espaço é a atração nº1 da cidade. Tem uma caverna real de gelo, uma plataforma panorâmica 360º, um planetário para “observar” as auroras boreais todo o ano (digitais), uma exposição sobre as maravilhas do país e uma outra sobre a água. 350 toneladas de neve natural formam os 100m da caverna de gelo.  Está aberto das 9h às 22h (preço – de 2.960 a 5.800 ISK).

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Listasafn Reykjavíkur (Museu de Arte): inclui várias obras de artistas da cidade, como Þufa, de Ólöfu Nordal, uma “meia esfera de relva” com uma casinha no topo, onde se seca o peixe. Está aberto das 10h às 17h (às quintas-feiras até às 22h). A entrada custa 1.800 ISK e é válida para os 3 edifícios (Hafnarhús, Kjarvalsstaðir e Ásmundarsafn) durante 24h. As visitas guiadas têm de ser marcadas e têm um custo por grupo de 19.500 ISK mais o bilhete individual.

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Þufa de Ólöfu Nordal

Fjármála- og efnahagsráðuneytið (Ministério das Finanças): achámos piada a este edifício, com as estátuas no topo da fachada (exposição temporária). Fica junto ao Teatro Nacional, Banco Central e à Casa da Cultura. As estátuas são uma obra de Steinunn Þórarinsdóttir’s, um escultor islandês.

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Teatro Nacional Islandês: não entrámos nem explorámos a agenda, mas o edifício tem a sua graça.

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Toll Husid (Direcção de Alfandega)
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Onde comer: 

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Encontrámos o equivalente de Reykjavik ao lisboeta Time Out – Mercado da Ribeira. Chama-se Grandi Matholl e fica no porto. É um antigo mercado de peixe que agora tem vários restaurantes. Aqui podem comer pizzas, hambúrgueres, comida tradicional islandesa, fish and chips e afins.

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No centro encontram o Icelandic Street Food, uma sugestão da nossa guia do Into the Glaciar. Só tem 4 pratos: sopa de cordeiro, sopa de marisco, sopa vegetariana e o “favorito do pescador”, uma espécie de “caldeirada” com molho holandês, batatas, cebola e bacalhau desfiado, servido com pão de centeio e manteiga. As sopas podem ser servidas de duas formas: numa taça ou no pão, e vêm refill grátis (as vezes que quiserem). Serviam também bolinhos de coco, grátis. Podem optar por entrar no vizinho Icelandic Craft Bar com as sopas do Street Food, ficando este lado para as bebidas de acompanhamento.

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O spot famoso lá do sítio é o stand de cachorros Bæjarins Beztu Pylsur, onde Bill Clinton comeu um. Nós comemos dois (cada um) e bebemos um refrigerante. O cachorro custa 450 ISK e é bastante simples – molhos, pão e salsicha. A mostarda islandesa é talvez o ponto forte. Dizem os islandeses que no fim, a sobremesa deve ser um Prince Polo, um chocolate vendido em qualquer supermercado.

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Têm de ir ao Brauð & Co., uma padaria local.

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Onde dormir:

First Hotel Reykjavík Kópavogur – ficámos neste hotel duas noites e recomendamos para quem não precisa de se deslocar para o centro ou tem carro alugado para o fazer, uma vez que não fica a walking distance. Tem opções com pequeno-almoço incluído e este é bastante razoável para o preço. Nota: é um hotel, portanto estão proibidíssimos de cozinhar.

Igdlo Guesthouse – está a menos de 10min a pé da igreja mais famosa de Reykjavik, numa zona bastante central. Pode perfeitamente deixar aqui o carro (o estacionamento na rua é gratuito) e explorar a cidade a pé. O pequeno-almoço é um extra (caro), mas pode utilizar à vontade, gratuitamente, a máquina de café e o fervedor de água. Tem cozinha com máquina de lavar loiça, é muito limpo e organizado.

Dica:

O Reykjavik City Card  oferece entrada gratuita em todos os  museus e galerias da cidade e nacionais, em todas as piscinas de Reykjavik e em viagens ilimitadas e gratuitas de autocarro/ônibus na área da capital de Reykjavik. Também está incluído o ferry de Viðey Island e descontos em vários passeios, lojas e serviços.
Preço: cartão de 24 horas ISK 3.900, cartão de 48 horas ISK 5.500 e 72 horas ISK 6.700.

365 dias no mundo (1)

365 dias no mundo estiveram na Islândia de 23 de outubro a 7 de novembro de 2019

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8 respostas

  1. Parece mesmo valer a pena visitar Reikjavik! As opções de museus da capital islandesa parecem mesmo muito interessantes! Sólfar (Sun Voyager) é uma bela escultura! Ótimo post!

  2. “Que incrível pensar em conhecer Reykjavik, na Islândia! Estou empolgada para explorar sua cultura vibrante e paisagens únicas. Obrigada por compartilhar essas dicas inspiradoras para uma viagem inesquecível!”

    1. Obrigada eu. Vá à Islandia, vai adorar. O nosso conselho é explorar as águas termais fora do circuito turístico. Vá também às piscinas públicas, são mais baratas e não há turistas (quase).

  3. Pelo post, realmente vale a pena conhecer Reikjavic! Fiquei especialmente impressionada com a arquitetura da igreja luterana – e também com o número de habitantes da cidade, o país todo é bem pequeno mesmo em termos de número de habitantes, não sabia disso.
    Uma pergunta: nos museus e outros lugares públicos, há informações em inglês também ou somente na língua local?

    1. Toda a gente fala inglês no país, só tivemos dificuldade com um agricultor fora dos centros urbanos. O inglês é definitivamente a segunda língua.

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