PONTES SOBRE A RIA DE BILBAU (ESPANHA)

Bilbau também se conhece pelas suas pontes. São várias, pedonais, rolantes, de circulação rodoviária, com ciclovia e levadiças. Unem as duas margens duma Bilbau que é antiga dum lado e moderna do outro.

Bilbau galgou as margens da ria del Nérvion e cresceu na outra margem. Ao Casco Viejo acrescentou Bilbao La Vieja e as pontes uniram os dois lados. São várias e de vários tipos, algumas serviram de homenagem a personalidades, outras foram batizadas com o nome dos seus arredores, mas todas são necessárias para unir a cidade. As pontes de Bilbau são pedonais, de circulação rodoviária e até mesmo rolantes!

São treze as pontes sobre a ria del Nervión. Existe uma 14ª, mas não é relevante para a cidade, então optámos por não a referir.

Pontes de Bilbau:

Puente de Miraflores: a maior ponte de Bilbau, a segunda se consideramos Bizkaia. É um dos acessos mais requisitados para entrar na cidade.

Puente San Antón: fica junto à igreja e ao antigo Ayuntamiento. É do século IV e foi durante muitos anos a única forma de cruzar o rio a pé.

Puente de La Ribera: logo a seguir ao Mercado de La Ribera encontram a ponte com o mesmo nome. Começou por ser uma ponte rolante que, entretanto, desapareceu em 1874. Muitos pensam que a frase em baixo se dedica à Ponte Bizkaia, também rolante, mas não, é mais antiga do que essa. Esta une o Casco Viejo ao bairro de San Francisco.

“ No hay en el mundo leré, puente colgante leré, más elegante leré, que el de Bilbao”

Puente de la Merced: ponte que permite atravessar para uma antiga igreja transformada num centro de comunitário (BilboRock). Tem esculturas nos pilares, um par em cada, uma espécie de felino com asas. O autor manteve-se fiel à lenda que conta que seres alados rodopiavam em volta de pessoas tristes, deixando-as alegres. Estes seres viviam no bairro San Francisco, mas, de vez em quando, voavam até outras zonas da cidade.

Puente Arenal: une a estação (Abando) e o teatro (Casco Viejo). Foi a ponte que usámos para chegar da Plaza Moyua ao Hostel. Surge da necessidade em acompanhar o crescimento da cidade para fora das sete ruas. Foi das pontes de Bilbau que mais utilizámos.

Puente del Ayuntaminento: daqui vê-se a escultura Variante Ovoide, o Centro Cultural Moyus e o novo edifício da câmara. Foi a primeira ponte elevadiça da cidade, permitindo que os cargueiros entrassem e descarregassem as mercadorias.

Puente Zubizuri: a ponte pedonal mais famosa da cidade, obra de Santiago Calatrava (1997). É em vidro e torna-se muito escorregadia, então, para evitar acidentes, tem uma espécie de tapete. Daqui vê-se um ginásio que fica dentro de um edifício com fachada antiga, o Club Metropolitan, e também o Hotel Hesperia, um dos mais coloridos da cidade. É a ponte mais próxima para o funicular até ao monte Artxanda. Também lemos que é o sítio ideal para ver os fogos de artifício da cidade.

Puente de La Salve: o autocarro de/para o aeroporto passa por aqui e é a ponte mais próxima do Museu Guggenheim. Tem um arco vermelho que se vê do Monte Artxanda, uma obra do artista francês Daniel Buren, feita em 2006 para o museu. O seu nome vem dos marinheiros cantarem La Salve quando aqui chegavam, porque era o primeiro sítio de onde se via a Virgem Begoña. Foi inaugurada em 1972 e tem ascensores na margem direita. Aconselhamos que subam e atravessem a ponte, pelo menos até meio, para terem uma vista fenomenal do museu. Os saltos da Red Bull aconteceram aqui.

Puente Pedro Arrupe: fica a seguir ao Museu Guggenheim e é pedonal. Fica perto do passeio da memória, unindo os dois lados da faculdade Deusto. É de 2003, obra de José Antonio Fernández Ordóñez. É uma ponte com seis entradas, algo de que gostámos particularmente.

Puente de Deusto: perto do edifício da Iberdrola e do Centro Comercial. A segunda ponte levadiça da cidade, mas que deixou de abrir em 1996.

Pontes La Salve, Pedro Arrupe, Deusto e Euskalduna

Puente Euskalduna: fica sobre o museu marítimo, junto ao palácio de congressos e da música e do parque Dona Cassilda. É uma ponte “baixa”, o que fez com as pontes levadiças de Deusto e da câmara deixassem de funcionar dessa forma, e impediu a passagem de barcos maiores na ria a partir deste ponto. Obra de 1997 do arquitecto Javier Manterola. É uma ponte em curva, com ciclovia coberta, e com uma torre de iluminação de 45 metros.

Pontes de Bilbao fora da cidade:

Puente Frank Gehry: a primeira pedra foi lançada pelo próprio Frank O. Gehry em 2014. Une Deusto à ilha Zorrozaurre.

Puente Bizkaia: é uma ponte rolante, algo muito utilizado para fins industriais ou em obras, mas aqui serve para fazer atravessar passageiros e carros sem impedir a passagem de barcos. Une Portugalete a Getxo e foi muito utilizada pelos habitantes das duas margens para visitarem as respectivas praias. É desde 2006 uma obra de engenharia reconhecida pela UNESCO. Deve ser visitada ao entardecer.

Navegar na ria:

Outra forma de ver todas as pontes de Bilbau pode ser de dentro da ria, navegando. Podem fazer passeios de barco para atravessar a ria, de Bilbao a Portugalete (8€), de Bilbao a Getxo (12€), ou em sistema de hop-on hop-off, que custa 19€ por um período de 24h. Um passeio de 60 minutos desde o Ayuntamento até à ilha de Zorrozaurre custa 13€. Há várias empresas que fazem estes passeios, é só verem com alguma antecedência.

Outros artigos:

Conhecer a cidade num fim de semana;

Museu Guggenheim

Teatro Arriaga (em desenvolvimento)

Circular pela cidade de sair do aeroporto (em desenvolvimento)

365 dias no mundo estiveram em Bilbau de 10 a 12 de janeiro de 2020

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