Parece um desporto recente, este de andar equilibrado numa prancha a remar, mas o stand up paddle (SUP) é inspirado em técnicas antigas e no surf. Temos os caballitos de totora (Perú), os hasakes (Israel) e as canoas polinésias em que um homem se equilibra numa embarcação (rudimentar) e apanha ondas (surfar), às vezes com a ajuda de um remo.
Oficialmente o stand up paddle surge no Havai, nos anos 60, para que os surfistas pudessem apoiar os seus alunos e fotografá-los durante as aulas. Chama-se Hoe He’e nalu (remar+surfar+onda). Quando passou a desporto surgiram nomes famosos como Dave Kamala, Garry Lopez, Brian Keaulana, Rick Tomas, Robbie Naish, Archie Kalepa e Laird Hamilton. Eram surfistas, mas usavam o remo quando não havia ondas. Por fim, a técnica propagou-se por todo o globo. Já em Portugal os praticantes de windsurf começaram a fazer SUP nos dias sem vento.
Apesar de ser habitual ver praticantes de stand up paddle em sítios sem ondas, existem várias técnicas. Wave- apanham-se ondas com uma prancha semelhante às de surf e com um remo. Race– usam-se pranchas tipo canoas e avalia-se quem chega à meta em menos tempo. Freestyle- avaliam-se as manobras na prancha. Rafting- descem-se rápidos. No entanto, surgem agora outras variantes como a pesca com a prancha, o ioga na prancha ou o que já vimos na Arrábida o SUP dog.
Onde utilizar uma prancha de stand up paddle
Nós praticamos um stand up paddle sem ondas, com o intuito de relaxar, chegar a um ponto inacessível por terra ou por diversão em grupo. A nossa prancha é insuflável, o que a torna muito prática. Vazia cabe numa mochila grande e o Tiago carrega-a às costas, enche-se em quinze minutos e está pronta a utilizar. Esvazia-se sozinha, sendo só preciso enrolar e voltar a por na mochila na hora da partida.
Barragens/albufeira
Temos muitas barragens com praias fluviais. As nossas albufeiras artificiais são muitas vezes grandes e a água é calma. Permite usufruir da prancha com calma, sem risco acrescido (utilizar colete).
Por exemplo: Barragens de Castelo de Bode, Aguieira, Montargil, etc.
Benagil
Querem chegar ao algar de Benagil? Porque não de stand up paddle? Nós já fomos ao algar de canoa, mas utilizámos a prancha para ir da Praia da Albandeira até às praias de Estaquinha, do Salgueiro, pedra do Sal e os Algares do Renato e de Albandeira. A parte chata aqui é a quantidade de barcos rápidos e catamarãs. Para conseguirem fazer os algares dum lado e de outro se calhar é melhor “acamparem” numa praia no meio como a Praia da Marinha. Falamos de praias pequenas, por isso é preciso chegar cedo. Aqui a parte boa é que podem juntar uma caminhada às atividades de mar. Existe o percurso dos sete vales suspensos que começa na Praia da Marinha e termina na Praia do Vale de Centianes.
Troia
Nós nunca utilizámos na Praia de Tróia, mas sim no banco de areia. Chegámos de táxi boat com a nossa lancheira, guarda-sol e prancha. Quinze minutos depois estávamos prontos para conquistar Tróia.
Arrábida
Nós costumamos ir para a Praia do Portinho da Arrábida, e a razão é simples, é até onde conseguimos chegar de carro. Enchemos a prancha e vamos tentar contornar a pedra da Anixa.
Rios
Quando percorremos a N103 praticámos stand up paddle no rio Lima, junto ao Lima Escape.
Sabemos que no rio Paiva em Arouca também é possível.
Recomendações
Nós comprámos a nossa prancha depois de já termos testado várias vezes, por exemplo em Cartagena. Experimentem antes de comprar.
Utilizem colete, mesmo que saibam nadar, azares acontecem.
Podem utilizar a vossa máquina de ação na prancha.
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4 respostas
Faltou uma recomendação importante. Ponham protetor solar. AHahahah, ou vão apanhar a mais insolação da vida. 🙂
Olha… verdade, protector e camisola UV.
Estou a pensar ir nas férias da páscoa fazer Sup, já faço há algum tempo, tenho ,58 anos e vou só por isso queria ir com um grupo, conhecem algo?
Olá Isabel. Quer fazer SUP onde? Conhecemos algumas escolas, não sabemos se organizam passeios em grupo.