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ABRANTES: TUDO COMO DANTES (PORTUGAL)

O Médio Tejo é uma zona do centro do nosso país junto ao Tejo. Abrantes faz parte e é uma das cidades mais importantes da região.

A Raquel veio trabalhar para a região um ano antes da pandemia, e apesar de conhecer a cidade, sabemos que ainda nos falta explorar muito da região. O que podemos dizer sobre Abrantes na nossa vida? A Raquel veio uma vez ao quartel almoçar (encontro de ex-militares do pai) e depois esteve ali instalada 4 semanas em 2007. Desde 2019 temos ido e vindo.

À primeira vista Abrantes parece uma cidade pequena, esquecida pela sua localização interior, mas não é nada disso. É um calor abrasador no verão e um frio de rachar no inverno. É chegar de carro de madrugada sempre acompanhada do nevoeiro de inverno. É abrir a janela do hospital, depois duma noite de trabalho e ver o sol nascer. É chegar de comboio vendo o castelo de Almourol. É beber allegrias (esta aprendemos este mês), na esplanada no jardim da República, no fim de um dia de trabalho. E como são os abrantinos? Boa gente. Não somos de muitas amizades, e em Abrantes fizeram-se algumas.

Mas como surgiu Abrantes? Existe a lenda de Zahara, Machado e Samuel, que sucintamente vamos contar. Falamos dos tempos em que os mouros dominavam a região e D. Afonso Henriques a queria conquistar. Zahara e Samuel são mouros e meios irmãos, mas não sabem, e tal como nas novela, como não sabem que são irmãos, são apaixonados um pelo outro. D. Afonso Henriques consegue conquistar a região e deixa Machado como alcaide no castelo. Machado apaixona-se por Zahara, que salva dum ataque. Zahara, que se acha apaixonada por Samuel não quer aceitar os avanços de Machado e então diz ao pai que se estiver sozinha em casa não abrirá a porta a Machado. Mas o pai responde que confia nela e “Abre antes a porta”. Samuel, escutando, tem um colapso nervoso e grita pelas ruas “Abre antes, Abre antes”. A história termina bem, Samuel a trabalhar para o reino, Zahara e Machado apaixonados e sem segredos. O “ABRE ANTES” dá origem a uma versão condensada de ABR’ANTES.
Abrantes foi importante para o nosso reino, fundada no século XII para defender os territórios e fazer “mexer” Santarém. A Ordem de S. Tiago da Espada recebeu, de D. Afonso Henriques, o castelo em 1173. Existia uma importância estratégica em conquistar e manter Abrantes do lado cristão, com as muralhas e o castelo no alto, e o rio a apoiar a dificuldade de lá chegar. Aliás, o rio é estratégico para o reino, daí os diversos castelos junto a este, mas não é só importante defesa. O Tejo foi importante porta de entrada. É por esta via que partiam para Lisboa as mercadorias que chegavam por terra do Alentejo.

Há vários pontos da história de Portugal em que Abrantes disse “Eis-me aqui!”. D. João I e D. Nuno Alvares Pereira estiveram aqui em 1385 antes de partirem para a que viria a ser a batalha de Aljubarrota. O 1º Conde de Abrantes foi D. Lopo de Almeida, nomeado a 13 de junho de 1476. Já a Princesa Santa Joana, padroeira de Aveiro esteve “resguardada” no Convento de São Domingos de Abrantes durante 11 meses, em 1479, enquanto um surto de peste atormentava Aveiro. Em 1518 D. Manuel reforma o 1º foral (de 1179). Em 1641 aclama D. João IV, junto com Lisboa e passa a ser a “Notável Vila de Abrantes”. A 23 de novembro de 1807 os franceses tomam a vila, sob o comando do General Junot (Duque de Abrantes, título dado por Napoleão). É este acontecimento que leva a família real a refugiar-se no Brasil. Derrotam-se os franceses em 1808. “Tudo como dantes: Quartel-General em Abrantes” é proferido quando os franceses tentam novamente invadir, em 1810, e não conseguem. E finalmente é elevada a cidade a 14 de junho de 1906, o dia da cidade. Aliás, fica a nota, vale a pena visitar Abrantes nas festas da cidade. Abrantes era um importante porto fluvial, uma terra relativamente grande com 4 conventos, 13 igrejas e capelas.

O que visitar

Centro histórico: sem dúvida imperdível e fácil de visitar a pé. Estacionem junto ao tribunal ou junto ao castelo e façam o resto a pé. Podem conhecer o centro em 3 percursos apresentados pela Câmara (estão referidos abaixo).

Castelo: foi importante na defesa da linha do Tejo. Dentro ficam o Panteão dos Almeida, antigo Museu D. Lopo de Almeida (Igreja de Santa Maria do Castelo), o Palácio dos Alcaides ou Governadores, a Torre de Menagem e o jardim.

  • Torre de Menagem: daqui têm uma vista 360º. Vê-se o rio, Ribatejo, Alto Alentejo e Beira Baixa. O Outeiro de S. Pedro (reduto militar de 1809), também se avista.
  • Igreja de Santa Maria do Castelo: é o panteão da família Almeida e museu desde 1921.
  • Palácio dos Governadores: é mandado edificar pelo alcaide-mor, pai do 1º Conde de Abrantes (século XV). É reconstruído no século XVIII pelo 1º Marquês de Abrantes. Em 1765 passa a receber a embaixatriz de Castela. Em 1798 sofre novas remodelações e recebe as tropas do Marquês de Alorna. Volta a receber forças militares e ser sucessivamente alterado.
  • Jardim do Castelo: é um jardim agradável para visitar em família e com vista para a região ribeirinha. Possui uma escultura do D. Francisco de Almeida, 1º Vice-Rei da Índia e filho do primeiro Conde de Abrantes.
  • Outeiro de S. Pedro: tem uma vista impressionante sobre o Tejo. Foi aqui que D. Nuno Alvares Pereira pernoitou antes de partir com as suas tropas para a batalha de Aljubarrota. O monumento é de 1968, e a requalificação aconteceu para o centenário da cidade em 2016.

Largo Ramiro Guedes: o painel de Óscar Guimarães representa marcos na história da cidade, desde a fundação do castelo e entrega do foral, a presença de D. Nuno Alvares Pereira, a família Almeida (Condes de Abrantes), a invasão francesa, proclamação da república e elevação a cidade, entre outros. Neste largo também se encontra uma fonte do mesmo autor.

Igreja da Misericórdia: é do século XVI tem telas de Manuel Henrique, abrantino.

Igreja de S. Vicente: já existia um templo no século XIII. No interior tem 2 painéis com a nau de S. Vicente e um órgão barroco. É um edifício muito bonito.

Padrão dos centenários: está desde 1995 no Largo da Ferraria, mas foi colocado originalmente na Praça Raimundo José Soares Mendes em 1942. Tem as seguintes datas gravadas 1140 Fundação, 1148 Conquista de Abrantes, 1640 Restauração e 1940 Comemorações Centenárias.

Biblioteca Municipal António Botto: antigo convento de S. Domingos. Foi construído entre 1509-17. Também foi quartel e hospital militar. Já só resta o claustro de dois andares. Em 1993, com projecto do Arquitecto Duarte Castel Branco passa a ser a Biblioteca Municipal.

Praça da República: em frente à biblioteca fica este jardim. No centro existe um Monumento em homenagem ao combatentes da I Guerra Mundial. O monumento é de Rui Roque Gameiro (1940) e o jardim de João António de Aguiar). Há aqui um parque infantil.

Cine-Teatro S. Pedro: foi construído sobre uma igreja demolida em 1943 (Igreja de São Pedro, 1703). O projecto é do arquitecto Ruy Jervis d’Athouguia e de 1947. Em 2019 estava fechado e com muita pena nossa, já que o edifício modernista merece mais. Agora durante a pandemia, a Câmara adquiriu o edifício que vai ser remodelado, renovado e ampliado.

Praça Barão da Batalha: falamos aqui do centro de Abrantes, mas também da zona de mais movimento. Ficam aqui alguns cafés, tascos, lojas de moda, ruas pedonais.

Mercado Municipal: é um edifício pensado para ser mais do que o mercado municipal da cidade. Une duas ruas com cotas diferentes, fazendo de uma terceira rua que une o largo do Tribunal e a Rua Nossa Senhora da Conceição. O projecto é de ARX Portugal de 2015. Visitem-no porque é bastante interessante.

Aquapolis: as duas margens do Tejo foram reabilitadas no espaço entre as duas pontes. Encontram zona de restauração, equipamentos de ginástica.

CIT – Centro de Interpretação do Tejo: no ParqueTejo encontram equipamentos multimédia para conhecer o rio. Podem recriar um voo virtual ao longo do Tejo. É necessário marcar (parquetejo@cm-abrantes.pt ou 241 105 324) e está aberto das 10 às 18h.

Mourões: já se pensou que eram os pilares duma antiga ponte, mas agora sabe-se que são o que resta duma Ponte das Barcas. Já falámos deste tipo de pontes num artigo sobre as ponte do rio Douro. A ponte rodoviária sobre o Tejo é de 1870 e a ferroviária de 1889.

Parque Urbano de São Lourenço: a mata de São Lourenço tem 14 hectares. Existem percursos pedonais, uma ciclovia, um parque infantil e de merendas, uma parede de escalada, bicicletas, um lago artificial e um café/restaurante. Existe uma ermida dedicada a S. Lourenço do século XVI.

Museus

Museu Ibérico de Arte e Arquitectura de Abrantes (MIAA): o projecto de conversão do antigo convento (edifício partilhado com a biblioteca) é do Arquitecto Carrilho da Graça. São 6 salas distribuídas em dois pisos. Contem a coleção Figueiredo Ribeiro, que estava no Quartel Galeria de Arte Municipal e o acervo arqueológico que estava no extinto Museu D. Lopo Almeida, hoje Panteão dos Almeidas. Fecha à segunda e feriados, mas abre no dia da cidade. Abre das 10 às 17:30h. É um espaço muito interessante.
Preço: 3€

Panteão dos Almeida: até 2021 foi conhecido como Museu D. Lopo Ferreira, instalado na Igreja Santa Maria do Castelo. É uma igreja indissociável do Palácio dos Condes de Abrantes (os Almeida), que fica próximo. Em 2021, após 100 anos da sua criação, deixa de ser museu regional e o seu acervo arqueológico da região passa para o MIAA. Só por curiosidade, o Palácio do Marquês de Abrantes já fica em Lisboa, e hoje é a Embaixada Francesa.
Preço: 2€

Museu Metalúrgica Duarte Ferreira: foi inaugurado em 2017 e ganho o prémio museu do ano em 2018. É um museu memória que preserva o legado da Metalúrgica Duarte Ferreira. Aqui conta-se a história do fundador, um humilde ferreiro, da arte, da produção industrial para a guerra nas ex-colónias, da vida dos trabalhadores e até da vila do Tramagal.

Preço: 2€

Pack Museus: o bilhete combinado dos 3 museus pode ser usado durante 15 dias.

Preço: 5€, são grátis aos domingos e no dia da cidade.

O Quartel: foi inaugurada a galeria de arte municipal em 2013, no edificio do Antigo Quartel dos Bombeiros. Desde 2016 passou a chamar-se Quartel da Arte Contemporânea – Coleção Figueiredo Ribeiro. A coleção de Figueiredo Ribeiro passou em 2021 para duas salas do MIAA deixando o Quartel Galeria de Arte Municipal como palco para artistas locais. Abre de terça a sábado das 14 às 17:30h.
Preço: gratuito

O que fazer

Percursos

  1. Abrantes Histórica: são 3km que nos levam pelo centro histórico em busca de edifícios emblemáticos e classificados. A dificuldade é média.
  2. Abrantes Artística: são 3km de dificuldade média para os amantes de artes conhecerem o centro histórico.
  3. Abrantes Panorâmica: novamente 3 km e grau médio de dificuldade, mas em busca das vistas panorâmicas para os amantes de fotografia.

Percursos disponíveis na página da Câmara Municipal de Abrantes.

Percurso Sonoro: o audiowalk “Tudo como dantes. Quartel-General em Abrantes” passa por algumas ruas do centro histórico da cidade. Só precisam dum telemóvel com câmara, auriculares e internet para ler os códigos QR que se encontram em 8 locais (Biblioteca Municipal António Botto, Igreja da Misericórdia, Rua D. Nuno Alvares Pereira à Rua da Barca, Outeiro de S. Pedro, Coreto do Jardim do Castelo, Teatro S. Pedro, Casa Falcão na Praça Raimundo Soares e Praça Barão Batalha). Demora cerca de 1h.

N2: a estrada nacional 2 passa aqui e durante muito tempo Abrantes não soube aproveitar. Aliás, somos do tempo em que já havia passaporte, mas nada explorava a estrada. Agora a Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2 já fez muita coisa por todo o país. A melhor coisa a fazer ao chegar a Abrantes é ir ao Welcome Center, no mercado municipal. A intenção é carimbar o passaporte e receber algumas informações sobre o que fazer.

Explorar o rio: podem praticar desportos náuticos como canoagem ou andar de kayake, podem nadar nas praias fluviais (Aldeia do Mato e Fontes) ou na barragem de castelo de Bode. A Raquel diz que no verão a água fica bastante agradável, e olhem que se ela diz que está boa é porque é um caldo. Muita gente da cidade tem uma estreita ligação fluvial. Ou pescam, ou andam de SUP ou kayake, havendo até atletas federados na região.

Hipismo: existem vários centros hípicos na região. Nós só conhecemos a Quinta do Cabrito.

Onde ficar

Nunca ficámos em hotel, mas seguindo as sugestões da página da Câmara recomendamos o Hotel Segredos de Vale Manso, a Quinta da Eira Velha, a Quinta de Coalhos, a Quinta A Reforma, entre outros. Existe uma Pousada da Juventude e alguns AL’s.

Onde comer

Primeiro de tudo, o que comer em Abrantes: doces conventuais, sendo o mais famoso a Palha de Abrantes. “Se queres palha vai a Abrantes” dizia-se nos tempos do porto fluvial, já que a palha chegava em fardos pelo rio. O doce leva ovos e açúcar e fios de ovos queimados por cima. A sua origem é o convento de freiras. Hoje pode ser encontrado na Havaneza, Tágide Gourmet e Confeitaria Palha de Abrantes.
Nem só de Palha de Abrantes vive a doçaria da cidade, experimentem as Tigeladas, as Broas de Mel ou dos Santos, a Lampreia de ovos, as Limas, as Castanhas doces e os Mulatos.

Sabiam que existe uma confraria? Pois é, desde 2018 existe a Confraria do Bucho e Tripas do Pego. Às quartas-feiras os amantes de vísceras rumam ao Pego, onde os pegachos mantêm viva a tradição. Claro que as regras mudaram e já não se mata o porco em casa, mas não se perdeu o hábito de ir ao petisco. Convertida a Abrantes, várias foram as vezes que os colegas levaram a Raquel ao “Pechalha”. Falamos de casas de pasto antigas, tradicionais e onde se come a iguaria como se estivessem em casa de amigos. Há tripas, morcelas, chouriço, bucho, passarinha, coração, farinheira, entremeada e muito mais, acompanhadas de pão, broa ou batatas fritas. O Tiago dispensa estas iguarias, come, mas não adora, já a Raquel que é uma moça do campo criada no meio de matanças e entranhas cozinhadas, podia lá ir todas as semanas.

Restaurante Santa Isabel: fica no centro e recomendamos MUITO. Há açorda de sável e dos melhores presuntos que já comemos na vida. Na época certa também encontram aqui lampreia.

Restaurante Casa Chef Victor Felisberto: primeiro, corre o rumor que tem estrelas Michelin, não tem. Faz parte do Guia Michelin, que são coisas diferentes. Foi distinguido em 2020 como “refeições extraordinárias” por preço médio abaixo dos 30€. E quando se fala em extraordinário nós concordamos. O serviço tinha falhas, mas a qualidade da comida não falhava. Recomendamos o pernil e o assado misto, mas não saiam sem pedirem um dos fondant (nata, chocolate, caramelo e achamos que há outros). O Chef Victor tem uma história de vida castiça. Investiguem.

Tanto o Santa Isabel como o Casa Chef Victor Felizberto devem ser reservados. Não são restaurantes baratos, se comerem entradas e sobremesas, mas para nós a relação custo-qualidade vale a pena.

Agora vamos a sugestões que nos recomenda quem lá vive e que ainda não experimentámos: A Velha, carta com a assinatura do Chef Rodrigo Castelo de Santarém, Oficina, hamburgueria dos meus donos d’A Velha, Cova Funda, conhecido pela picanha e o Vera Cruz. Ainda nos falaram no Tulipa, Sabores da Cascata, Cascata, Ramiro e o Degustar. Nem todos são no centro de Abrantes.

Como chegar

Abrantes tem várias formas de chegar. Podem chegar em carro próprio, pela A23. Usando o Waze conseguem desviar da auto-estrada e poupar alguma coisa.

Podem ir de autocarro na Rede Expresso e de comboio na CP, linha da Guarda. A CP tem a vantagem de com antecedência encontrarem bilhetes a 3€, mas ambos têm poucos horários disponíveis o que pode ser complicado. A estação fica na outra margem do Tejo (Rossio ao Sul do Tejo) e não há muitos transportes para chegarem ao centro, geralmente há sempre táxis junto ao largo da estação. A caminhada da estação até ao centro é custosa (a subir) e demora mais de meia hora.

Curiosidades

Maria de Lurdes Pintassilgo, a primeira e até aos nossos dias, única primeira ministra de Portugal nasceu aqui, numa casa na rua com o seu nome.

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365 dias no mundo visitam Abrantes regularmente

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8 respostas

  1. Olá Raquel
    Gostei de ler a tua publicação porque está muito bem feita, apenas queria complementar a parte dos restaurantes porque tanto os Sabores da Cascata em Abrantes como a Cascata em Alferrarede, são realmente os melhores em conjunto com o Santa Isabel e o chefe Vítor. Também existe a quinta das oliveiras que serve um buffet fabuloso ao Domingo. O Ramiro em Rio de Moinhos também se pode aconselhar.
    Se ainda não foste lá recomendo e se achares bem actualiza a tua publicação.
    PS. Não tenho qualquer interesse comercial nos restaurantes, apenas frequento muito assiduamente.

  2. O Castelo de Abrantes é muito interessante, na medida em que não se parece nada com um castelo convencional. Uma vez fiz um trabalho sobre um dos túmulos que existe no panteão dos Almeida, para uma disciplina de História da Arte, são bonitos não são?
    Já não vou a Abrantes há tantos anos que já não sei onde se come bem, mas lembro-me muito das migas e que se comia bem no Santa Isabel.

    1. Deram-me uma lista ainda maior de restaurantes que vou ter que conhecer. Quando ao Panteão dos Almeida, pareceu-me diferente do que quando visitei. Sinto que é uma visita a repetir. Gostei muito do museu novo e estou curiosa com a audiowalk.

  3. O edifício que é apresentado como “Mercado Municipal” é um projecto falhado em altura, que custou mais de 1,5 milhão de euros (era para custar 700 mil), destruiu a antiga muralha e está às moscas, sem clientes nem vendedores de hortofrutícolas durante a semana.
    O verdadeiro Mercado Municipal, deixado ao abandono e degradação, está a umas dezenas de metros desse edifício e exibe dois painéis de azulejos que o identificam claramente. O estilo modernista é do Arq. António Varela e as especialidades do Eng. Jorge de Sena, um dos maiores poetas.de Portugal.

    1. Obrigada pelo esclarecimento. É sem duvida um edifício notável. Achávamos que era da autoria de Bernardo Moniz da Maia (1932), mas já percebemos que foi intervencionado em 1948. Vamos acreditar que o antigo mercado municipal será recuperado e reconvertido noutra obra de utilidade pública.

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