A serra ardeu, um dos nossos maiores parques naturais (Estrela Geopark) esteve dias a fio em chamas. Mais de mil operacionais no terreno, pessoas a abandonar os pertences que se juntam numa vida. O investimento de uma vida, a dívida de toda a vida adulta em risco de se perder. A perceção pública ficou com a ideia de que todo o parque tinha ardido, felizmente não é verdade.
Comecemos pelo início, pelas memórias. Não somos da Serra da Estrela, mas ela esteve sempre ali para nós. Começa na escola, o ponto mais alto de Portugal continental é onde? Na Serra da Estrela. De onde vem o queijo amanteigado mais saboroso? Da Serra. Qual a origem de uma das raças de cães portuguesa? Da Serra. Onde se pode ver neve em Portugal? Na serra. Não somos visitantes assíduos, com pena nossa, mas nos últimos anos, juntos, temos ido algumas vezes. O aniversário da Raquel, um encontro de bloggers, um voucher num hotel, todos foram pretexto para visitarmos a Guarda, Unhais da Serra, Seia, Covilhã e Manteigas. Vocês podem fazer como nós e partirem para explorar o nosso Geoparque Mundial da UNESCO. Vejam com os vossos olhos que ainda há tanto, tanto, mas tanto para ver.
O Estrela Geopark abrange 9 municípios, são eles Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Oliveira do Hospital e Seia. Tem uma área de mais de 2000m2, por isso um artigo destes nunca fará jus à região ou será exaustivo.
O que visitar
A serra é imensa, e o Estrela Geopark também, por isso vamos falar localidade a localidade sobre as diversas atrações e depois damos algumas sugestões de roteiros. Há trilhos, praias fluviais, aldeias histórias preservadas, barragens, termas, igrejas, ermidas, muitas tradições e lendas. Acima de tudo, há muita história.
Covilhã
Covão d’Ametade: roteiro que fizemos para testar a nova GoPro. Deixámos a pequenina Maria com os avós e fomos sozinhos. Quem tem filhos sabe que ter uns minutos sem bebé sabem muito bem, apesar de fazermos toda a caminhada a pensar se ela estará calma ou a chorar. É neste cenário idílico que o rio Zêzere ganha caudal para depois se “despejar” no Tejo. Podem passear em família, fazer piqueniques.
Piscinas Naturais de Cortes do Meio: o paraíso das piscinas naturais, são mais de dez. Nem todas são seguras e só uma tem infraestruturas (Poço da Monteira). Visitar todas implica utilizar caminhos de pastores pouco conhecidos, começando em Cortes do Meio, a capital das piscinas naturais. Existe um mapa com todas as piscinas marcadas e outros pontos de interesse.
Covão dos Cochos: aqui está uma atração que os drones vieram criar. Uma filmagem deste funil, onde a água desaparece no meio de uma lagoa, num buraco negro, gerou uma curiosidade imensa em conhecer. Mas o que acontece aqui? Não passa de um túnel que transporta a água da Ribeira das Naves até à Lagoa Comprida. É da década de 50 do século passado e tem 1519 metros de comprimento. Têm de chegar a pé por um percurso de 5km que pode ser desafiante. Não fomos por falta de tempo, mas a Inês do Sempre entre Viagens foi e cedeu-nos a sua fotografia.
Roteiro de Arte Urbana: é um roteiro de 24 obras de vários artistas como Vhils ou Bordalo II. As obras são de 2011, 2014 e 2017 e fazem parte do WOOL, Covilhã Urban Art Festival. O PDF com o o roteiro está na página da Câmara da Covilhã.
Ponte da Ribeira da Carrapateira: o Tiago, como engenheiro civil, procura reconhecer arquitetos de renome e suas obras. Esta ponte pedonal é do Arq. Carrilho da Graça e do Eng. Adão Fonseca. São duas vigas sobre quatro pilares, construída entre 2003 e 2009, unindo o centro da Covilhã à zona dos Penedos Altos.
Guarda
Centro histórico: é uma cidade de interior a 1096 metros de altitude que vale a pena conhecer. Essa altitude faz dela a cidade mais alta de Portugal. Explorem a Torre de Menagem, a Sé a Porta e Torre dos Ferreiros, a Praça Camões, a Porta d’el Rei, o antigo bairro judaico, o Museu de Tecelagem dos Meios. Ir ao Estrela Geopark não tem de ser só trilhos, miradouros e caminhadas, as cidades tem a sua graça e história para contar.
Praia Fluvial de Aldeia Viçosa: fica na margem do rio Mondego e no maior Parque Natural. É uma praia fluvial com infraestruturas e bandeira azul.
Sortelha: é uma aldeia histórica. Teve foral em 1228 e perdeu o título de concelho no século XIX. Parece que parou na época medieval, não no sentido pejorativo, mas porque há marcas dessa época, como o castelo, muralhas e a calçada. Há algumas estruturas rochosas caricatas, como a Cabeça da Velha e o Beijo Eterno. A Cabeça da Velha parece mesmo uma cabeça de uma idosa. Quem não adora uma boa lenda? Marta, aia de de D. Leonor e que a ajudava nos encontros secretos com D. Afonso, jurou nunca trair o casal. Dizia que se transformaria em pedra se o fizesse, mas o cruel tio de Leonor, D. Bernardo, conseguiu arrancar da velha Marta o próximo local de encontro. O casal encontrou a aia transformada em pedra e percebendo que tinham sido traídos fugiram para a Galiza. O Beijo Eterno não se fica atrás, também tem uma lenda. Os mouros cercam Sortelha, uma cristã apaixona-se por um mouro e a mãe desta, apanhando-os aos beijos, transforma-os em pedra.
Seia
Lapa dos Dinheiros: reza a lenda (parece que estamos sempre a repetir isto) que numa visita de D. Dinis lhe serviram na aldeia da Lapa um jantar tão abundante que ele perguntou quem financiava a ocasião, ao que lhe responderam “os nossos dinheiros”. Para o rei estava batizado: a Lapa dos Dinheiros. Podem visitar o Buraco da Moura, o Buraco do Sumo e as cascatas da ribeira da Caniça. Visitem a praia fluvial e a igreja matriz onde começa o trilho Rota das Caniças.
Praia Fluvial de Loriga: é a única praia portuguesa num vale glaciar. A vila é rodeada por montanhas (Penha do Gato e Penha dos Abutres) e conhecida pelos socalcos. Aqui existe a Confraria Broa e Bolo Negro de Loriga. Pensa-se que este bolo negro tenha origem na comunidade inglesa que aqui viveu.
Lagoa Comprida: principal reservatório de água da Serra da Estrela. Recebe água de dois canais, Covão do Meio e Covão dos Conchos.
Poço da Broca: o caminho não é fácil, mas ao chegar ouvem a água a cair. São várias cascatas de água fria, mas que convidam a banhos. Não fomos, mas pelas fotografias parece um espaço agradável onde podem passar todo o dia, já que tem um restaurante (Guarda-Rios).
Gouveia
Praia Fluvial Vale do Rossim: é a praia fluvial mais alta do país, a 1400 metros de altitude.
Folgosinho: Viriato será desta pacata aldeia que mantém a tradição da pastorícia e a vida calma do interior. Devem visitar o castelo, o pelourinho, a casa de Viriato e a igreja matriz.
Manteigas
Poço do Inferno: atravessa a Ribeira de Leandres. É uma queda de 10 metros a 1080 metros de altitude.
Vale Glaciar do Zêzere: são 13kms de extensão, fazendo dele um dos maiores da Europa. Tem uma forma de U e rochas graníticas famosas: os Cântaros, Magro, Gordo e Raso.
Nossa Senhora da Boa Estrela: no Covão do Boi, a caminho da torre, do lado direito da estrada, fica aqui a ermida de nossa Senhora da Boa Estrela, uma imagem de 7 metros esculpida para proteção dos pastores. É de 1946 e a sua festa é no segundo domingo de agosto.
Alvoco da Serra: é a aldeia mais próxima da Torre. Tem presença de uma comunidade judaica. Devem visitar a casa-museu, ponte romana, igreja matriz e capelas.
Torre: fica no planalto superior da Serra da Estrela, o ponto mais alto de Portugal, a 1993 metros de altitude. D. João VI mandou construir a torre para perfazer os 2000m. No centro comercial podem e devem comprar queijo e presunto. Podem até comprar já em sandes.
Nave da Mestra (ou da Barca): fica a 1700 metros de altitude. É pouco conhecida por exigir algum estofo físico para fazer o percurso a pé. Mais uma vez, está associada a uma lenda. Em 1910, a família Matos Preto construiu uma casa de férias, mas que seria também local de reuniões clandestinas anti-regime. Após ser abandonada foi abrigo de pastores. Faz parte da Rota do Carvão – PR4MTG.
Rede de Miradouros da Serra da Estrela
Não vamos ser exaustivos, até porque existe um percurso sugerido pela Associação do Estrela Geopark.
Varanda dos Carqueijais: o miradouro já existia, mas em 2020 foi inaugurada uma varanda pedonal. Tem uma vista privilegiada sobre a Covilhã e Cova da Beira.
Nave de Santo António: fica a 1500m de altitude. Fica entre os Vale do Zezere e o Vale de Alforfa.
Miradouro do Fragão do Corvo: fica num tor granítico, a 1450m de altitude, próximo das Penhas Douradas. Tem vista panorâmica para a Fraga da Cruz e para Vila de Manteigas.
Miradouro Natural da Fraga da Pena: em Fornos de Algodres, a 750 metros de altitude. Tem vista para a Serra da Estrela e o Vale do Mondego. É um miradouro natural.
Muito recente, o Miradouro dos Piornos, que ainda não visitámos. Ainda! Porque vamos de certeza. É de estrutura metálica, mas em harmonia com a paisagem.
O que fazer
Trilhos
Há vários trilhos possíveis, uns fáceis, outros médios e alguns difíceis. Claro que esta caracterização depende de quem caminha. Não fizemos nenhum, mas queríamos deixar aqui os mais conhecidos:
Passadiços do Mondego: vamos começar pela novidade. Vão abrir agora no primeiro domingo de novembro. São 12km de percurso que começam junto à barragem do Caldeirão e terminam em Videmonte. São a grande aposta do município da Guarda.
Grande Rota do Zêzere (GR33): são 9 etapas, 370 km que podem ser feitos a pé. Atravessa 13 concelhos.
1. O SELVAGEM INÍCIO | 30,1 Km
2. IRRIGANDO A COVA DA BEIRA | 55,7 km
3.TERRA MINEIRA | 21,9 km
4. MEANDROS | 23,1 km
5. SOB O SIGNO DO CABRIL | 62 km
6. SÓ TU E O RIO | 22,9 km
7. O REGRESSO DA SERENIDADE | 28,4 km
8. BRAÇOS DO RIO | 71,4 km
9. A CAMINHO DO TEJO | 54,7 km
Claro que nem todas as etapas são dentro do Estrela Geopark, este tem apenas 9 municípios. As primeiras duas são as que interessam neste caso.
Rota das Faias: o outono transforma a natureza. Surge um catálogo de castanhos, laranjas, tintos, amarelados que representam que o verão já foi e o inverno chegará. Em Manteigas a rota das faias centenárias é um destes exemplos. O PR13MTG é circular e tem 5,6km. Vêem-se o Vale Glaciar do Zêzere, em forma de “U”, a Torre, o Cântaro Magro, o Cântaro Gordo e as Penhas Douradas. É uma rota que se deve fazer precisamente em novembro para encontrar as faias com folha, mas já em vestes outonais.
Rota do Glaciar (PR6MTG): a dificuldade é média, mas leva 6h percorrer os mais de 17km. Vai da torre, a 1993 metros, à vila de Manteigas, a 755 metros. Aqui podem ver o Covão da Ametade, Covão do Ferro, Cântaro Magro, Cântaro Gordo, Espinhaço do Cão, Poio do Judeu, Pedra do Equilíbrio, Covão Cimeiro, Barroca dos Teixos.
Rota do Maciço Central (PR5MTG): cruza na Nave da Mestra com a Rota do Carvão. É um percurso circular de 10km. Passa por Covão da Ametade, o Covão Cimeiro, os Cântaros (Magro, Gordo e Raso), as Salgadeiras, a Lagoa do Peixão (ou da Paixão), a Ribeira da Candeeira.
Rota do Carvão (PR4MTG): é um percurso de 20km, em Manteigas. Passa por Nave da Mestra, Fraga da Cruz, Fragão do Corvo e Pedra Sobreposta.
Trilho circular de São Gens (PR2CLB): fica em Celorico da Beira. É um percurso fácil de 3h e 6,5km. Começa e termina no castelo de Celorico.
Rota da Caniça (PR10SEI): é um percurso circular de mais de 8km. Começa na igreja matriz e vai até ao Souto da Lapa, um bosque de carvalhos e castanheiros. Depois do bosque veem a ribeira, as cascatas e a praia fluvial. Encontram também o Buraco da Moura, os Cornos do Diabo e o Sumo da Caniça. Este será talvez o ponto onde devem ter mais cuidado, mas dos mais interessantes. No meio de grandes blocos graníticos a ribeira desaparece.
Rota da Garganta de Loriga (PR5SEI): é um percurso pelo vale glaciar de 9km e difícil. Começa nas Salgadeiras e termina em Loriga.
SUP
A Let’s SUP Portugal, em Seia na Lagoa Comprida, faz passeios na lagoa de prancha. “Passeio de Stand-Up Paddle mais alto de Portugal”, a 1600 metros de altitude. Os preços começam nos 20€ e são de vários tipos: ao pôr do sol, de 2h ou de 3h. Crianças até aos 10 anos não pagam se partilharem a prancha com um adulto. E há passeios adaptados para pessoas de mobilidade reduzida. Reservem por e-mail (info@letssup.pt). Se não sabem o que é o Stand Up Padel, já falámos nisso noutro artigo.
SKI
O Tiago costuma dizer a brincar que a Serra da Estrela tem a única estância que fecha quando neva. O que quer isto dizer? Que não é uma referência na área do ski, o que é uma pena. Funciona de novembro a abril. O forfait com aula e equipamento custa 95€.
Termas
Durante muitos anos era uma atividade que se considerava para “velhos”, avós, com problemas de ossos, sinusites, etc. Reinventou-se agora com os programas de “wellness”, bem-estar para todos, para além da vertente de tratamento. Podemos partilhar que como tratamento fica bastante caro, principalmente se quiserem usar a comparticipação do SNS. Já tentámos uma vez e ficava a mais de 1.500€ para os dois (12 dias de tratamentos e consultas mais estadia e refeições). Na vertente wellness os programas são mais curtos, por isso acabam por ficar mais em conta, havendo até pacotes de fim de semana de termas com estadia e refeições. Na Serra da Estrela encontram várias termas:
- Termas de Unhais da Serra
- Termas de Almeida – Fonte Santa
- Termas do Cró, no Sabugal
- Termas de Longroiva
- Termas Caldas de Manteigas
Pesquisem nas Termas de Portugal, cada uma delas, para ver quais as patologias em que melhor se enquadram. Tipos de água termais diferentes terão efeitos terapêuticos diferentes.
“Baloiçar”
Sabemos que os baloiços não são investimentos turísticos consensuais, muito menos quando começam a aparecer que nem cogumelos. Não conhecemos os do Sabugal, mas pelas imagens foram feitos a pensar e valorizar o local: Baloiço da Aldeia Velha, Baloiço do Chão da Forca, Seixo’s Tower Swing, Baloiço do Penalobo, Baloiço da Eirinha e Baloiço da Machoca.
Explorar a Gastronomia
Explorem a arte de bem comer na região.
Ver neve
De dezembro a fevereiro/março, é comum as famílias irem até à serra um dia inteiro ou um fim de semana ver neve.
Quando visitar
As festas das localidades são no verão, e principalmente em julho. Para quem gosta de caminhadas o ideal é no final da primavera, para fugir aos dias excessivamente quentes do verão, mas quem quer nadar terá que escolher o verão. Para a neve já sabem aquelas semanas de inverno geralmente anunciadas na TV.
Para a rota das faias terá que ser em novembro, para encontrar as folhas já acastanhadas.
Sugestão de percurso para um fim de semana
Os percursos possíveis seriam imensos, visitar só as vilas e cidades, visitar só os castelos, procurar lagoas e cotões, ir em busca dos geossítios, fazer trilhos, ir comprar souvenires tradicionais, ir às termas. Temos aqui uma sugestão para que possam sair do Estrela Geopark com a sensação que o exploraram bem, mesmo que pela rama.
Comecem pela Lapa dos Dinheiros, depois sigam Loriga. Depois de conhecerem as duas localidades típicas e as suas praias fluviais é tempo de ir até à Lagoa Comprida.
Visitar a Serra da Estrela não está completa sem uma ida à Torre. Da torre sigam até ao Covão da Ametade, explorem o Vale Glaciar do Zêzere, subam as escadinhas até ao Poço do Inferno.
Conheçam Manteigas e a praia fluvial do Vale do Rossim. É preciso também conhecer o Sabugueiro, Seia e Gouveia.
Deixem tempo para Linhares da Beira, a Covilhã onde podem fazer um percurso mais urbano e terminem de volta à natureza com Poço da Broca e a Praia Fluvial do Paúl.
Onde dormir
Manteigas
Vila Galé Collection: fomos em pandemia, já depois da nossa Maria. Aliás, foi o primeiro fim de semana dela fora do conforto do lar.
Gostamos do hotel e da localização mas temos algumas críticas. Nunca percebemos bem a necessidade que o grupo Vila Galé tem em cobrar estacionamento aos hóspedes, principalmente quando não há opções no exterior e para poupar os 7€/dia muita gente estaciona mal. Tivemos o “azar” de encontrar a piscina aquecida por aquecer. Aliás, começa a ser comum os jacuzzis não estarem em funcionamento nos diversos hotéis do grupo.
Casa de São Lourenço- Burel Mountain Hotels: é um hotel que vimos quando fomos em direção ao Vila Galé. Já andámos a namorar o espaço, temos amigos que já lá ficámos e sabemos que é um hotel muito bom. Todos os quartos têm varanda e é membro de Design Hotels. Acreditamos que seja uma estadia que fique na memória quer seja no verão ou no inverno numa paisagem de neve.
Unhais da Serra
H2otel Congress & Medical SPA: temos muitos amigos que já estiveram aqui em ocasiões especiais, principalmente por causa do Mountain SPA Aquadome. Fica num vale glaciar a 750 metros de altitude.
Podem usufruir só do aquadome se reservarem um dos seus programas de bem estar. Pertence ao grupo Natura IMB Hotels.
Casa de Torneiros: é uma casa em Unhais com vista para o mítico H2otel. Apesar de ser um espaço funcional com uma cozinha gigante e piscina, tivemos o azar de dividir a estadia com um grupo grande de amigos com miúdos que passaram a tarde toda a correr por todo o lado. Estávamos em modo relaxar e essa tarde foi demasiado barulhenta para nós. Não achámos que o pequeno-almoço justificasse o preço. Fomos em 2020.
Covilhã
Puralã- Wool Valley Hotel & SPA: a Raquel anda a namorar este hotel há meses. É do grupo IMB Hotels, tal como o H2otel. Foca-se em prestar conforto e tranquilidade, tem SPA e tratamentos termais.
Casa das Muralhas: é uma antiga casa de família do século XIX. Chegou a ser escola primária. É comprada em 2016 pela Rogado & Rendeiro Lda. e abre em 2018. Só conhecemos o Bistro Bar e gostámos muito da experiência. Tem piscina de água salgada (sazonal).
Seia
Casas da Lapa Nature & Spa Hotel: fica na Lapa dos Dinheiros. A Lapa é uma aldeia onde começa um dos melhores trilhos da serra.
Chão do Rio: ainda não visitámos, mas temos vontade. Precisa das nossas visitas porque é um projeto de um casal que sofreu duas vezes com os incêndios. Reabriu agora a 16 de outubro. São cinco casas e uma piscina biológica. Vão criar uma campanha de apadrinhamento de árvores.
Onde comer
Casa das Muralhas Bistro bar: parámos uma vez aqui para jantar num dia terrível de chuva. Comeu-se lindamente, pratos saborosos, serviço eficiente, sala bonita.
Lenda Viriato: fica na sede do forno comunitário, de 1905. É mais do que um restaurante, é uma experiência imersiva na lenda da Lusitânia. Aqui Viriato luta contra o Império Romano. A comida é tradicional portuguesa e devem reservar.
Restaurante Cenae: no Museu do Pão, do grupo Valor do Tempo (o mundo fantástico da sardinha portuguesa, etc. e, claro, a maravilhosa Confeitaria Peixinho, em Aveiro). O restaurante tem o foco na cozinha tradicional portuguesa. Vale a pena, mas devem reservar!
Restaurante Mirante da estrela: é um restaurante típico à entrada do Sabugueiro. Recomendamos o arroz de carqueja. A carqueja é uma erva medicinal. A dona do restaurante até nos deu um saquinho de carqueja.
365 dias do mundo estiveram na Serra da Estrela de 18 a 20 de julho de 2020 e de 25 a 23 de abril de 2021
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Artigo escrito em parceria com o Turismo do Centro de Portugal
10 respostas
Fiquei nas Casas da Lapa, adorei a experiência. Aldeia super tranquila, o hotel pequeno com ótimo atendimento. O quarto era giríssimo, decoração moderna com uns toques de lã da Serra, e o pequeno almoço de comer e chorar por mais. Quando estiverem cheios e vos vierem perguntar se querem panquecas frescas, digam que sim. Foi o que nós fizemos e passamos mais uma hora na mesa.
Agora quero ir e ficar lá…
Ah, e o passeio até ao Covão dos Conchos vale a pena. O trilho é irregular mas sem grandes desníveis. Calçado que protege o tornozelo e dá para principiantes.
Obrigada pela partilha 🙂
Tenho tantos trilhos la que quero fazer agora.
Excelente sugestão! Vou acompanhar 🙂
Obrigada.
Foi muito bom ir convosco à Serra da Estrela no ano passado.
Obrigada, também foi bom poder contar convosco para fazer umas caminhadas a dois.
Ai, Raquel! Que vontade de voltar à Serra da Estrela já! Ficamos na Casa de São Lourenço no Outono do ano passado, e talvez se tenha transformado no nosso hotel preferido de sempre. A nossa bebé tinha 4 semanas, foi a nossa primeira saída com ela, e todo o staff nos tratou como família. Fora este pormenor, o hotel em si é de sonho. Tem o melhor pequeno-almoço da história dos pequenos-almoços de hotel, tem lanche (yep!) incluído no preço, tem uma sala de jantar deslumbrante entre a lareira, o piano de cauda, a decoração em burel e a vista, tem uma piscina interior que passa para a rua, onde estamos dentro de água a ver e ouvir a serra, e uma localização imbatível, perto de tantas rotas bonitas que o tornou a nossa escolha para viagem com bebé. ♥️ Recomendamos muito a rota das faias no outono e o covão d’ametade no pôr-do-sol.
Uau, agora ficámos cheios de vontade de o pôr na nossa lista. Obrigada pelo teu feedback.