STOP-OVER DUBAI (EAU)

Com um voo com escala visitámos dois destinos. A caminho de Zanzibar fizemos escala no Dubai e aproveitámos para explorar mais um pouco deste Emirado. É a segunda vez que visitamos o Dubai nestas condições. Em 2015 tínhamos feito o mesmo com as Maldivas e como vivíamos em Angola encurtámos a viagem num trajeto (eliminámos Dubai-Lisboa-Dubai para fazer Malé-Dubai-Luanda).
Coisas boas de viajar em algumas companhias é o sistema stop-over. Pode-se fazer uma viagem e passar em dois destinos. Como? Usando o Hub da companhia (por exemplo TAP, Emirates, Iberia, Qatar, Ethiad, Lufhtansa) podemos utilizar a escala para dormir uma ou duas noites noutro local e fazer 2 em 1.

Os Emirados Árabes Unidos foram muito inteligentes e souberam criar através da Emirates um Dubai que é perfeito como escala em alguns destinos. Para além da facilidade de escala muitas vezes a companhia aérea oferece critérios favoráveis para estadia ou visitas.

 

O que visitar

Dubai antigo

Al Souk Al Kabir: este bairro tradicional do Dubai é uma zona menos turística. É o bairro mais antigo, nós fomos de transportes e depois a pé até Al Fahidi, a zona histórica. O Dubai aqui não parece o mesmo, ao contrário do Dubai Moderno, onde só se vêem ocidentais e o que procuram, aqui vemos muitas lojas com produtos árabes geridas por e para árabes.

Al Fahidi: o bairro histórico visita-se facilmente por conta própria. Surgiu em 1890 com a chegada de comerciantes persas que lhe deram o nome de Al Bastakiya. Em 1980 demoliu-se metade do bairro e estava previsto destruir o resto, mas uma visita do atual Rei Carlos de Inglaterra fez as autoridades mudarem de ideias. Em 2005 começou o processo de renovação e mais tarde o nome foi mudado.

Comunidade de Arte de Chaka: fica na zona histórica de Al Fahidi. Aberto em 2022 pela artista abstrata equatoriana Ana Liz Cordero para consciencialização da preservação ambiental.

Museu do Café: também fica em Al Fahidi. Explica a histórica do café e de regiões onde a plantação é forte, como Egipto, Arábe e Etíope. Abre das 9 às 17:00, excepto sexta-feira.

Mesquita Al Farooq: abriu em 1986 e pode ser visitada por turistas. Abre a visitas das 10 às 11:00 e das 14:15 às 17:00. Não se pode comer nem utilizar telefones no interior. A mesquita disponibiliza Al Kandora (roupas tradicionais) para vestirem à chegada.

Muralha do Dubai Antigo: teve duas zonas muralhadas, Bur Dubai e Deira entre os séculos XVIII e XIX. Uma parte da zona Bur foi restaurada, na zona do Dubai Antigo.

Museu do Dubai: fica no Forte Al Fahidi, e é o edifício mais antigo da cidade, existe desde 1787. Abriu como museu em 1987.

Centro Sheikh Mohammed: o SMCCU foi criado em 1998 com o propósito de apresentar a cultura emirati aos visitantes. É possível reservar atividades como refeições típicas, visitas a mesquitas e visitas guiadas.

Biblioteca Antiga do Dubai: construída em 1969 é a biblioteca de língua inglesa mais antiga.

Grande Souk: um mercado em Al Fahidi onde podem comprar roupa, acessórios, velas, etc. Perto também existe um mercado dedicado ao ouro (Gold Souk) e outro às especiarias.

Museu Al Shindagha: um museu para descobrir as histórias do povo, tradições e transformação no Dubai  atual
Tem um preço combinado com o Museu Ethiad.

Dubai Moderno

Museu Ethiad: um museu que retrata a história da criação dos Emirados Árabes Unidos. Fica perto de Jumeirah.

Burj Khalifa: criado por Skidmore, Owings & Merrill LLP (SOM) a partir da abertura de um concurso. A sua inspiração foi a flor Hymenocallis, endémica na região. Foi inaugurado a 4 de janeiro de 2010. Tem três locais de vista panorâmica, um Armani hotel e as residências Armani.
Entre os andares 152 e 154 fica o The Lounge a 585 metros. No 148 fica o At The Top SKY com terraço exterior. Nos andares 124 e 125 fica o At The Top Emaar também com terraço exterior.
Se quiserem reservar pela Get Your Guide podem seguir o link para o Burj Khalifa Sky Level.

Dubai Fountain: no Lago Burj de barco ou caminhando nos passadiços podem assistir ao maior espetáculo duma fonte “dançante”. É grátis visto de longe e acontece a cada meia hora entre as 18 e as 23 horas. Vimos vários e não são sempre iguais. A melhor vista para nós é do terraço exterior do mercado Time Out.

Miracle Garden: é um jardim florido com 50 milhões de flores e 250 milhões de plantas. Um parque que replica edifícios, objectos, etc através de flores. O modelo floral de um Airbus A380 de dois andares em tamanho real deve ser o que achámos mais impressionante, mas há bailarinas com saias giratórias, a vila dos smurfs e muito mais. Fecha de maio a outubro.

Butterfly Garden: pertíssimo do Miracle Garden fica o jardim das borboletas, um espaço onde a borboleta voa “livremente” enquanto se circula por dentro. São várias espécies de borboletas e de vários tamanhos e achámos que a Maria ia achar mais graça do que a que achou. Até ficou um pouco incomodada pela presença de tantas borboletas. Não forcem o insecto a vir ter convosco, elas vem sozinhas. Estas atrações do grupo City Land ficam afastadas de todas as outras no Dubai, fomos de Uber. A Get Your Guide tem um bilhete que vos permite não esperar a fila.

Dubai Frame: é uma atrações recentes. É uma forma de verem o inicio do Dubai e como cresceu. Sobe-se de elevador, depois podem circular livremente para ver a vista das janelas e monitores. Há piso envidraçado e descem de elevador. Fica em Zabeel Park. Os elevadores demoram 75 segundos a subir os 48 andares até aos 150 metros.
Comprámos o bilhete através da Civitatis e foi o ideal para nós. Fomos sozinhos (os três). Tivemos que caminhar um pouco porque é uma atração desviada das outras. Há fila, os carrinhos não sobem (ficam na porta 4). Fomos surpreendidos pela dança da fonte que fica à porta, não sabíamos que também havia um espetáculo aqui.

Museu do Futuro: o museu esgota rapidamente e tem uns bilhetes caros. O seu edifício é fora da caixa, elíptico, brilhante e com uma varanda, projetado por Killa Design e Buro Happold. Foi inaugurado em 2022. A sua fachada contém caligrafia árabe feita em 3D, frases de Sua Alteza Sheikh Mohammed Bin Rashid Al Maktoum. O lobby é free. Precisam de ir às máquinas levantar a vossa pulseira. Os elevadores foram um problema para nós, porque toda a gente queria subir de elevador.

O museu:

  • 1º capitulo (5º piso): OSS Hope, viajarão até uma nave espacial.
  • 2º capitulo (4º piso): Heal, é uma viagem até ao futuro.
  • 3º capitulo: (3º piso): Al Waha, um oásis, onde podem descansar dos ecrãs.
  • 4º capitulo (2º piso): Tomorrow Today, é o piso tecnológico e com o deck exterior.
  • 5º capítulo (1º piso): Future Heroes, o piso para crianças (divisão por idades) onde a Maria brincou bastante com uma boa sala de muda fraldas.

Custa 38€, ou 95€ se quiserem entrada prioritária e valet park. Até aos 4 anos não pagam.

Sky Views Observatory: fica localizado nos andares 52 e 53 do Address Sky View Hotel. Agora no verão o bilhete inclui um slide na plataforma de vidro. O slide é feito num tubo de vidro especial entre os dois andares e é como ser o Aladino, deslizar sobre um tapete especial. E ainda é possível caminhar pelo exterior do edifício.

Aquaventure World: está no Guiness como o parque aquático com mais escorregas (105 no total) no espaço de 22,5 hectares, fica no Atlantis, The Palm Hotel. Tem 1km de praia particular, 65.000 espécies marinhas dentro de um aquário, e o mais inclusivo de todas estas informações, está certificado como um espaço seguro para clientes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Estivemos em 2015 e já era incrível na altura. A Get Your Guide também vende estes bilhetes.

Dubai Expo City: viemos aqui almoçar por recomendação. A zona da Expo tinha muita coisa fechada, mas ainda alguma actividade. Saltam à vista:

  • Surreal, uma espécie de arena onde as paredes são fontes e ecrãs ao mesmo tempo. Foi criado em conjunto com os responsáveis da Fonte do Burj Khalifa e o premiado autor das trilhas sonora de GOT, Ramin Djawadi. Abre das 10 às 22h.
  • Al Wasl Plaza, o nome significa conexão e era a zona central da Expo. A cúpula de 67,5m consegue receber até 3000 pessoas e nas paredes acontecem projeções de imagem diárias ao por do sol. É o maior local de projeção a 360º. Abre das 10 às 23:59h.
  • Garden in the Sky, é uma torre giratória com cabines que levam os visitantes até ao jardim no topo, a 55 metros de altura. Ao contrário dos 2 anteriores paga-se. Aparentemente está fechado.
  • Terra, é uma experiência imersiva adequada a todos, mas focada nas crianças. Mergulha-se às profundezas do oceano e entra-se nas raizes da floresta.
  • Alif, aqui aprendem a história da mobilidade. Abre das 10 às 18h e paga-se.
  • Vision, podem ver como o Dubai se transformou no que é hoje. Abre das 10 às 18h e paga-se.
  • Expo 2020 Museu, está fechado, mas era um museu sobre a Expo.
  • Small World, pensamos que é recente e é uma atração paga. Representa o mundo real em miniatura com todos os detalhes. É interactivo e para todas as idades. Abre de sexta a domingo, só da parte da tarde, mas vejam no sitio.
  • Mesquita, abre desde a oração da manhã até à da noite.

Existiam alguns parques infantis, deixámos os miúdos explorar no primeiro:

  • Kids Play Area – Rashid’s Adventures, gratuito. Abre as 14 às 22h.
  • Latifa and the Space City Playground, gratuito. Abre das 14 às 22h.
  • Taqa Island, paga-se a partir dos 3 anos. Funciona das 10 às 18h ao fim de semana.
  • Adventurous Octopus Playground, gratuito mas está fechado.
  • Al Forsan Park, está sempre aberto e é gratuito, como é mais complexo serve toda a família.
  • Jubilee Park, está sempre aberto e é gratuito.

Vale a pena visitar mesmo a Expo já tendo sido porque é imaculado, grandioso como tudo no Dubai e tem todos os serviços. As casas de banho eram super completas e limpas. Há hotéis dentro do espaço. Chega-se de metro e circulámos dentro da cidade de buggy, gratuitamente, mas agora o sítio fala em viagens de buggy-taxi amarelo pago. Podem alugar scooters e bicicletas.
Faz-nos lembrar a nossa Expo e sua transformação em Parque das Nações, mas em modo luminoso e rico.

Global Village: nem vos sabemos bem explicar o que é. Um parque temático do mundo? Um shopping? Não sabemos bem. Existe desde 1997 e pretende ser um tudo em um, onde fazer compras, ver espetáculos, fazer refeições e ver atrações. Tem um sistema de segurança para crianças, com pulseiras. Paga-se.

AYA Universe: “É um santuário escondido além das estrelas, convidando os viajantes a explorar seus mundos vibrantes. Os visitantes podem brincar, passear por jardins iluminados e desvendar mistérios enquanto vivenciam suas maravilhas.” é assim que o AYA se descreve. São 12 experiências.

House of Hype: mais uma experiência imersiva. São 18 mundos para todas as idades. Fica no Dubai Mall.

Ski Dubai Snow Park: neve no Dubai? Sim, é possível. Podem fazer aulas de ski, desfrutar do parque de neve e muito mais. Abre todos os dias. Fica dentro do Dubai Mall.

Dubai Aquarium & Underwater Zoo: é um dos maiores aquários suspensos do mundo e impressiona quando se vê. Um tanque de 10 milhões de litros e 140 espécies marinhas. Existe um túnel de 48 metros onde podem passear. Fica no The Mall

Ain Dubai: roda gigante que fica na ilha Bluewaters. Como tudo no Dubai é a roda mais alta do mundo (250m).

O que fazer

Compras

The Mall: “tudo” o que quiserem existe aqui, lojas de grandes cadeias, marcas de luxo, lojas que não conhecem, quase se pode dizer que se existe está lá, claro, gama média alta. Em 2015 passámos mais tempo aqui, a Raquel passou pela Jimmy Choo, Victoria Secret, em 2024 perdemos-nos algum tempo porque o shopping tem uma ala mais reservada para as compras de luxo e ficámos meio sem saber voltar ao local que queríamos.

Souk: ir ao bairro antigo fazer compras nos mercados, é a nossa recomendação.

Praia

  1. Jumeirah Beach
  2. Kite Beach
  3. Praia de La Mer
  4. Praia JBR
  5. Al Mamzar Beach Park
  6. Sunset Beach
  7. Black Palace Beach
  8. Praia de Umm Suqeim
  9. Praias de Palm Jumeirah
  10. Marina Beach

Ir ao deserto

São comuns os passeios até ao Deserto nas viagens ao Dubai. Os Safaris não agradam a todos (nunca fizemos por medo da experiência não ser o que esperaríamos). Podem ser passeios altamente turísticos, lotados, pouco autênticos e criados para vender, por exemplo fotografias, passeios de camelo, etc. Ou podem ser incríveis, como uma experiência de se sentir um beduíno por momentos.

Há várias ofertas de passeios possíveis:

Onde comer

Madinat Jumeirah, não sabemos em que restaurante, mas em 2015 jantámos aqui. Uma espécie de Veneza com canais artificiais.

Souk: comemos aqui quando fomos ao bairro antigo. Comemos muito bem, pedimos vários pratos e fomos vendo os barcos passarem.

Antiga Expo: o restaurante onde almoçámos fechou, mas há várias opções. Basta irem ao Google Maps e aparecem logo os que existem abertos.

Time Out Market: o mercado Time Out é uma bela escolha porque inclusive várias opções, inclusive um restaurante português e a varanda tem das melhores vistas para assistir ao espetáculo da Fonte do Dubai. São 17 restaurantes em 43 metros quadrados. O conceito do Time Out Market é escolher a comida num dos restaurantes disponíveis, e comprar a bebida num dos bares disponíveis. Sentam-se onde conseguem. Não se sentem fora, para ver o espetáculo, mais vale comerem antes e depois ir ver o espetáculo à varanda.

Restaurantes:

  • Lana Lusa
  • Three by Eva
  • Slab Cocina
  • REIF
  • Pitfire Pizza
  • Onda by Alici
  • Masti
  • Mattar
  • Long Teng
  • Little Jun’s
  • Izu Burger
  • Fusion Ceviche
  • Café Isan Thai
  • BB Social Dining
  • À la grecque
  • Boon Coffee

The Mall: o que é um shopping sem dezenas de opções para refeições? Em 2015 sentimos que todas as cadeias de fast food estavam aqui, em 2024 não procurámos.

Onde se alojar

Há várias hipóteses, e podemos dizer que na nossa opinião os hotéis até são “baratos” para o que oferecem.

Há o famoso Jumeirah Burj Al Arab Dubai, que muitos classificam como 7 estrelas. Na nossa estadia em 2015 subimos o elevador panorâmico, só para ver. A GYG (Get Your Guide) tem um tour de 90 minutos ao hotel, subida ao 25º andar e inclui o cappuccino de ouro por mais de 90€, há uma versão mais simples por 50€.

Fonte: Pexels

Temos o Atlantis, The Palm, que é onde fica o parque aquático.

Agora em 2024 ficámos no Hotel Towers Rotana, perto do Museu do Futuro.

Como circular

Uber: a plataforma funciona bastante bem. Já em 2015 tínhamos utilizado Uber e era eficaz e com preços acessíveis.

Metro: o sistema de metro da cidade funciona bem, achámos as pessoas pouco civilizadas nas estações com muito fluxo. Nota-se a mistura de culturas, o desrespeito ou falta de empatia com crianças e mulheres não lhes sendo dado prioridade, mas podem optar por carruagens próprias, se se sentirem mais confortável.

Dicas

Se viajarem pela Emirates estejam atentos, há várias promoções sazonais ou temporárias como uma noite de hotel grátis, bilhetes de atrações, taxi. Vai variando.

À chegada recebem um cartão SIM de 24h de dados móveis. No nosso caso todos recebemos inclusive as crianças (menores de 3 anos). Era entregue dentro do passaporte na imigração.
Se em alternativa quiserem utilizar um e-sim temos um desconto para vos oferecer na Holafly, com o código 365DIASNOMUNDO.

Não se esqueçam de viajar com seguro, já sabem que nós compramos sempre pela IATI ou Heymondo, links de desconto na caixa no final.

Nota de autor

Apesar de parecer muito moderno, não deixa de ser um país árabe.

  • Não é um paraíso para luas de mel, não se pode namorar na rua, mesmo nos hotéis há muitas vezes placas para não se “aninharem”. Na praia há abordagens mesmo a estrangeiros, se não cumprirem esta regra.
  • Casais não podem viver juntos sem serem casados.
  • Homossexualidade não é aceite, a não ser num submundo não assumido.
  • Roubo continua a ser punido com penas muito duras.
  • Não há álcool em todos os locais.
O que vai fazer no Dubai?

365 dias no mundo estiveram no Dubai em 2015 e 2024

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3 Responses

  1. O Dubai nunca foi um destino que me atraiu particularmente, mas não desdenharia um stop-over, sei que o meu marido também ia apreciar. Quero muito conhecer o Museu do Futuro, o edifício é magnífico

  2. Conheço várias pessoas que conheceram Dubai num stopover do Brasil para países da Ásia ou Oceania. Acho que como um destino conveniente, no caminho para outro lugar, até vale a pena, mas não sei se consideraria Dubai como destino final. Todas essas restrições de comportamente me incomodam um pouco.

  3. Ainda não conheço Dubai e como não está nas minhas prioridades, pretendo justamente conhecer em um stop over de alguns dias quando estiver indo para outro destino na Ásia por exemplo. É um ótimo ponto de conexão saindo do Brasil para lá.

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