Já falámos sobre isso no artigo Tours no Japão, decidimos explorar o Monte Fuji em excursão. Não é a opção que mais recomendamos, mas foi a melhor para nós. Precisávamos de conseguir ir sem nos preocuparmos com transportes. Até Hakone é fácil, o Shinkansen passa pela cidade, mas se quiserem ir às localidades no sopé do Monte Fuji já precisam de tratar de transportes.
Nós fomos com a Go Go Day Japan Trip, reservado pela Get Your Guide. A Anna era amorosa, muito simpática e cuidadosa.
As fotos típicas destas excursões são iguais para toda a gente, e convenhamos… aborrecidas para quem vive/trabalha nos locais. Por exemplo a loja Lawson já colocou barreiras para tentar afastar os turistas que ocupam o estacionamento para a foto perfeita.
O Monte Fuji é a montanha mais alta da ilha Honshu, mas também de todo o arquipélago. Tem uma altitude de 3776 metros e é um vulcão ativo de baixo risco. Pode ser visto de Tóquio, do ar, de comboio, em dias de céu limpo.
É possível subir ao topo, pensando-se que a primeira vez foi feita em 663 por um monge, e por um estrangeiro, em 1860, Sir Rutherford Alcock. A subida acontece principalmente entre 1 de julho e 27 de agosto e fazem-no 300.000 pessoas. Deste número estima-se que 30% sejam estrangeiros.
As fotos clichés
Pagode Chureito
Esta é provavelmente a imagem de marca do Monte Fuji. A imagem perfeita apanha as cores de outono, o pagode e o monte descoberto ou então as flores de cerejeira.
É um memorial da paz, construído em 1963, fazendo parte do Santuário Sengen de Arakura. São 400 degraus para chegar ao miradouro, mas há rampa.
É possível chegar de comboio. O pagode fica a 10 minutos da estação de Shimoyoshida da linha Fujikyu.
É perfeito na Sakura (cerejeiras em flor) e outono.
O santuário fica no Parque Arakurayama Sengen. É um santuário dedicado à princesa Konohanasakuya, xintoísta. Antigamente a subida ao Fuji começava no santuário.
Loja Lawson
Isto é uma opinião pessoal, certo? Mas que hype é este em fotografar o Monte Fuji à frente da loja de conveniência Lawson? Incomoda o espaço e nem sequer gera uma fotografia assim tão fantástica. Só nos ocorre que seja de fácil acesso.
Chegaram a por uma tela preta para impedir o aglomerado de turistas, mas foi retirada na epoca dos ventos e não foi reposta. Alegadamente os turistas aprenderam a lição e mudaram para um comportamento menos invasivo.
Ponte de Sonho do Monte Fuji (Shizuoca)
É um viaduto vulgar, sobre um rio. Os turistas e as redes sociais criaram aqui um fenómeno que mais uma vez atrapalha. Do ângulo certo podem fingir que sobem a escadaria em direção à montanha.
A cidade tem mais que ver, um eco parque UNESCO por causa dos seus Minami Alpes, a loja Chagama, comer um genkotsu hambúrguer, o Santuário Kunōzan Tōshōg ū e a Península de Izu.
Aqui são a 7eleven e o Starbucks que têm vista para a montanha. Há também um café com cave de vinhos com vista muito boa.
Fujisan Simomiya Omuro Sengen Jinja
É um santuário das sakuras e monte Fuji, mas também do cavalo. É dedicado à Deusa KonohanaSakuya-Hime. Diz-se que o santuário é de 807DC construído num fluxo de lava. Há dois festivais locais que são património, o Festival Yabusame e o Ritual de Adivinhação Tsutsugayu. Há uma escola de equitação.
No nosso caso a montanha estava encoberto por isso nem procurámos ver onde estava.
Hikawa Clock Shop
Não fomos à loja, mas sim ao Shymoyoshida Information Center, carimbar o caderno da Maria.
Em frente tem um café com um ar simpático, o FabCafe Fuji.
A foto típica é na rua Honcho, com vista para a montanha.
Oshino Hakkai
Foi a nossa primeira paragem. É a típica paragem de excursão, muita gente e muitas bancas de venda, mas ótima para reforçar o pequeno almoço.
Comprámos fruta, uns pasteis de feijão típicos e enchemos a garrafa de água numa torneira gratuita.
Junto ao lago a água é muito límpida, espreitem.
Há um templo (Sengen Shrine). Na paragem da excursão é difícil conseguir visitar, mas numa viagem independente talvez não recomendemos esta paragem, como podem ver na primeira foto está demasiado lotada.
Lago Kawaguchiko
A última paragem da nossa excursão foi nas margens do lago Kawaguchiko, numa loja de conveniência com cafés e restaurantes. Ideal para souvenirs, comer e wc. Tem um roseiral junto à margem. O gelado que comemos era de uvas tintas e brancas.
Aqui metemos conversa, ou meteram connosco alguns japoneses. Uma deu-nos sugestões de coisas para ver em Kyoto e a outra eram mãe e filha que assistiram à fúria da Francisca por não ter direito a gelado.
Há aqui algumas atrações como o Museu de Arte de Kawaguchiko, Museu de Arte Itchiku Kubota, Museu Floresta Musical de Kawaguchiko e Kawaguchiko Musekan e as bonecas de Yuki Atae.
As fotos menos habituais
Fuji-Q Highland
Foi a única altura em que vimos o Monte Fuji quase todo a descoberto, do autocarro.
Há um hotel dentro (Highland Resort Hotel & SPA). As suas montanhas russas são agressivas.
A Get Your Guide vende o passe de um dia para o Fuji-Q Highland.
De Kitadake
As pessoas sobem o monte Fuji, mas a melhor vista será do topo de outra montanha, neste caso Kitadake. São 6,6km e uma subida de 4 a 6 horas. A subida acontece de meio de junho a outubro.
O monte Kitadake é o segundo mais alto do país com 3.193 metros. É a principal montanha dos Alpes japoneses (Minami).
Vendo os pacotes de subida da mesma empresa para o Fuji e o Kitadake, o segundo parece mais desafiante. É uma subida de dois dias. A subida do Monte Fuji que vimos vai só até os 2.350 m, a sexta estação.
De comboio
40-45 minutos após a partida de Tóquio em direção a Osaka, perto da estação de Shin-Fuji, o Monte Fuji pode ser visto da janela. No nosso caso estava encoberto.
Do ar
Num dia limpo, conseguem ver o Monte Fuji num voo que parte ou aterra em Haneda, Tóquio. É imprescindível voar de dia e ter lugar à janela. Se a partida é Tóquio devem ir do lado esquerdo e se estão a chegar a Tóquio é o lado direito. Os melhores lugares são atrás da asa e os voos entre as 7 e as 10 da manhã o ideal.
De Tóquio
Há vistas da Torre de Tóquio, a 250 metros de altura.
Consegue-se ver da Torre Mori.
Também é possível do Shibuya Sky.
Onde comer
Já falámos do Café Shizen com vista, que fica no Parque Nacional Fuji Hakone Izu. Permite almoçar, à segunda e terça-feira só serve bebidas. Serve vinhos da Fujisan Winery, feitos com uvas Koshu. Tem uma arquitetura fora da caixa. Todas as restantes sugestões têm vista.
O Minano Hiroba vende um verdadeiro almoço Yamutya. Fecha às quartas-feiras.
O Lake Bake é uma padaria com pão de produção própria. Tem esplanada. Fecha às quartas-feiras.
O Cafe Restaurante Mioritomo (Fujinomiya). Servem massa, salada, omelete de arroz e caril. Fecha às segundas-feiras.
O Shiraito-an é uma opção para tempura. Não conhecemos este, mas as tempuras que comemos no Japão são maravilhosas. Fecha às terças-feiras.
O Resort Dining Fujiyama Terrace tem buffet de almoço e show-cooking.
O Hotel Mount Fuji tem vista na sua sala principal de refeições. Serve jantares, almoços só às vezes.
Sem vista, mas supostamente com um hambúrguer imperdível temos o Sawayaka. O seu Genkotsu Hamburger Steak tem ficado famoso.
Onde se alojar
Com Vista para a Montanha
O Hotel Fuji Ginkei tem vista de todos os quartos, fica na margem do Lago Kawaguchiko. O Onsen tem vista. Não o encontrámos no booking, mas sim no klook.
O Mizno Hotel também tem vista. Não aceita menores de 12 anos. Também tem Onsen e podem dormir em quartos ocidentais ou em tradicionais japoneses.
O Lakeland Hotel Mizunosato aceita crianças e tem vista. Tem Onsen.
O Akaishi Ryokan tem quartos com vista para o lago ou para a montanha. É mais simples, mas com boas criticas.
O Tominoko Hotel também tem vista e boas críticas. Tem um shuttle.
O Rembrandt Premium Fuji Gotenba fica em Shizuoka e tem vista em alguns quartos.
O Highland Hotel Resort & Spa também tem vista. Fica perto do Parque de Diversões Fuji-Q.
O Ubuya Hot Spring Resort é um dos preferidos das luas de mel e outros eventos. Fica em Fujikawaguchiko.
A maioria dos hóteis com vista lago e montanha ficam na margem sul do Lago Kawaguchiko.
Sem Vista para a Montanha
Hakone é a cidade termal que muitos recomendam quem procura um bom onsen.
O Hakone Ashinoko Hanaori, o Hakone Yutowa são hoteis para quem gosta de conforto.
Dicas
O Monte Fuji é visível apenas 80 a 100 dias por ano sendo a melhor altura de novembro a fevereiro. Devem verificar a metrologia antes no Fuji San.
Devem reservar a viagem de comboio via estação Tóquio – estação Kawaguchiko, podem reservar no klook. Esgota rápido.
Prato assinatura é o Hotou Fudo e muitos recomendam-no.
Há quem recomende um cruzeiro de 60 minutos no lago. O cruzeiro acontece no Lago Ashi (sentem-se do lado esquerdo).
Levámos um eSIM da Holafly e foi um sucesso, provavelmente não vamos querer outra coisa em viagem. Com o nosso link Holafly ou código (365DIASNOMUNDO) têm 5% de desconto.
Viajámos com seguro Heymondo que permite cancelar por doença de menores de 48 meses.
Este artigo pode conter links afiliados
365 dias no mundo estiveram no Japão de 18 de agosto a 5 de setembro
