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VOLTA AO MUNDO EM CARRO ALUGADO

Nós somos fãs de alugar carro, seja em casa, em destinos distantes, mais ou menos urbanos, ou quando temos pouco tempo e o horário dos transportes não se encaixa.

Somos fãs de viajar andar de avião e geralmente fazemos a combinação avião + transportes públicos + andar a pé, mas às vezes não dá. Às vezes, um carro alugado simplifica, principalmente quando queremos viajar por várias cidades. Já alugámos carro em Portugal, na Croácia, Itália, Alemanha, Noruega, Costa Rica, Argentina, Brasil, Angola, Islândia e África do Sul, se não nos falha a memória de nenhum. Podemos dizer que já fomos clientes de quase todas as agências e opções. Hoje em dia, optamos por fazer tudo pela internet, porque fica muito mais barato e optamos por adquirir sempre com SEGURO de franquia reembolsável, mesmo quando comprados na internet, em que exigem na mesma o bloqueio da franquia no cartão de crédito.

Principalmente em Portugal, temos utilizado muito companhias low cost, com carros novos, com poucos quilómetros, de baixa cilindrada e a gasolina, a opção mais económica. Normalmente optamos e recomendamos o agregador Bookingcar.eu, que trabalha com um seguro da AXA e tem, normalmente, os melhores preços. Alternativamente, também recorremos a estes dois:

Geralmente não escolhemos opções extra, como GPS ou segundo condutor. O Tiago gosta de conduzir e enjoa na posição de pendura, enquanto a Raquel dispensa o volante. Em Portugal, pagamos sempre o dispositivo da Via Verde, preferimos a leveza de não ter que parar nas portagens (pedágios). Para quem não conhece, falamos de um dispositivo que se cola no vidro, junto ao espelho retrovisor, que permite a passagem nas portagens na via identificada com um V em fundo verde, sem ter de parar, com os custos a irem diretamente para o cartão de crédito.

carro alugado

Em Portugal, terão de ter atenção às auto-estradas anteriormente designadas como SCUT (sem custos para o utilizador), mas que agora já têm custos. Estas podem ser identificadas pelo sinal que mostramos abaixo e têm pórticos que associam automaticamente o pagamento à matrícula, caso não tenham o dispositivo que referimos antes. O pagamento pode ser feito a partir do dia útil seguinte, pela internet, numa loja CTT, multibanco, ou em Payshops, somando-se sempre uma taxa mínima de 0,30€ por pagamento. É preciso indicar a matrícula e o prazo de pagamento é curto (5 dias), com as coimas a saírem automaticamente em caso de atraso.

SCUT

Os nossos pequenos truques:

  • escolher a empresa pela internet;
  • escolher o seguro com reembolso de franquia também pela internet (apesar de manter a franquia, é muito mais económico do que na agência);
    • ler bens as cláusulas (já nos aconteceu furar um pneu, utilizar o kit e ser-nos cobrada uma taxa – mas não tínhamos reembolso de franquia);
  • não alugar GPS (usar alternativamente o telemóvel, não esquecendo um suporte de telemóvel e carregador de isqueiro, para uma utilização mais eficiente);
  • escolher carros com quilómetros ilimitados se pretenderem fazer viagens grandes;
  • na recepção do carro, fazer uma vistoria séria, inclusive verificar se traz o isqueiro e a antena (já nos cobraram riscos na matrícula, algo que hoje em dia já não acontece);
  • ter um cartão disponível no nome do condutor com plafond suficiente para cobrir a franquia;
  • encher o depósito estritamente de forma a cumprir o contrato, sem se deixar enganar;

Já fomos mais vaidosos com a escolha do modelo do carro alugado. Hoje em dia, é mesmo pelo mais barato. Dependendo do destino, às vezes o modelo interessa, como na Costa Rica e na Islândia em que um 4×4 dá sempre jeito, para os percursos nos parques naturais, ou em Angola, no Namibe, onde tentámos ir até ao deserto, mas não deu no bolinhas que alugámos.

Problemas, vamos tendo, mas nada de grave:

  • No Atacama chegámos ao aeroporto e não havia carros disponíveis, apesar de termos o voucher, aí foi muito mau, aborrecido, e quase estragava o mood – leiam aqui.
  • Na Argentina, em Puerto Madryn, escolhemos em grupo uma agência fraca, sem seguro, e entregaram-nos um carro com fuga num tubo de gasolina. Felizmente, encontrámos uma oficina de gente séria que reparou grátis – leiam aqui.
  • Acidentes, nunca tivemos. Na Alemanha, a Raquel fez uma viagem com uma amiga onde ultrapassou os quilómetros permitidos e lá teve de pagar uma dispendiosa taxa por quilómetro.
  • No dia dos anos da Raquel tivemos o incidente maior. Felizmente nada de acidentes, ainda,  mas ao entregar o carro na Goldcar a funcionária encontrou dois riscos (no meio de dezenas) não assinalados. Fomos completos inocentes nesta recolha e entrega.
    • Tínhamos acabado de mudar de casa, estávamos cansados, quando nos lembrámos que era dia de levantar o carro. E lá fomos, às 21:30 dum domingo para o aeroporto. Taxas e taxinhas para levantar o carro, mas tudo bem. A Raquel segue para levantar o carro e é a última cliente. É de noite, a garagem é pouco iluminada e é o último carro da fila. Dá a volta ao veículo com a funcionária e vai dizendo as marcas que devem ser assinaladas. Uma, duas, três, dez, onze, doze, e a funcionária sempre a assinalar. E é neste momento que tudo descamba. O papel é entregue para assinar, a Raquel confia que todas as vezes que disse “aqui” a funcionária marcou o dano e assina. NÃO RECEBE UMA CÓPIA. Pergunta, mas “é mesmo assim”, dizem-lhe que sim, ok, passa das 22 horas, estamos os dois cansados. 19 dias depois entregamos o carro sem cópia do papel, a funcionária que faz o check-in diz que é muito estranho não nos terem entregue uma cópia e diz “ainda bem que tenho aqui o original”. Sim, ainda bem. Damos a volta ao carro e ela começa “hum, esta marca é nova, ah, e esta, não está aqui marcada”. Que bela forma de acabar o dia de anos, não é? A Raquel volta para o escritório para pagar os danos que “fez”  e tem uma fila de mais de dez pessoas à frente para levantar o carro. É muito conveniente que num aeroporto quem entrega os carros não tenha prioridade, considerando que muitas vezes a janela entre a entrega do carro e a hora de embarque é curta. 450€, são os danos a pagar. Mais uma vez, de documentos que lhe entregam apenas recebe o recibo do pagamento. Fomos completamente parvos, mas antes que nos julguem, nas outras empresas que utilizámos, como Guerin, Sixt, Interrent e Centauro, nunca tivemos um único problema. Da única vez que nos deram um carro muito danificado a funcionária fez questão de assinalar BEM que o carro estava cheio de marcas. Consideramos claramente que tudo foi feito com intenção de nos enganar. A Goldcar connosco está marcada. (Atualização: acionámos o seguro online e a Goldcar foi obrigada a devolver uma das taxas cobrada que não sabia como justificar).

E vocês, são fãs de alugar carros? Têm mais dicas?

carro alugado

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2 respostas

    1. Boa tarde Maria! De nada, estamos cá para ajudar.
      Aconselhamos sempre que se faça a anulação da franquia do seguro contra todos os riscos porque há companhias que fazem tudo por cobrar essa franquia, mesmo quando não existe qualquer sinistro.
      Os alugueres têm sempre este tipo de seguro, pode é optar por pagar mais para anular a franquia ou fazer um seguro “adicional” que lhe cobre essa franquia. No entanto, se a subscrição deste seguro “adicional” for feita na internet, indiretamente, sem ser a partir da companhia que lhe aluga o carro, vão na mesma bloquear-lhe o valor da franquia no cartão de crédito.
      Em caso de sinistro terá de “reclamar” diretamente junto da entidade que lhe faz o seguro. Normalmente estes seguros são mais económicos do que os que faz diretamente na companhia quando vai levantar o carro e que lhe tentam impingir, mesmo quando tem o outro. Nos das companhias tem a vantagem de anular total ou parcialmente o bloqueio da franquia no cartão, tipicamente à volta de 1.000€.
      Esperamos ter sido esclarecedores, qualquer dúvida esteja à vontade!

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