O Museu Nacional Ferroviário tem uma das maiores coleções da Europa, e não lhe damos o devido valor. Nós já tínhamos pensado em lá ir. Sabíamos que o Comboio Real e o Comboio Presidencial fazem parte da colecção do Museu Nacional Ferroviário e o Entroncamento é relativamente perto de Lisboa para merecer visita, contudo, foi só por termos um vale de desconto (2 bilhetes pelo preço de 1) que tomámos a decisão. O Tiago e a Maria já lá voltaram com outra promoção.

Antes de tudo, queremos dizer que o Museu Ferroviário merece a visita porque é um local onde se aprende muito sobre o transporte ferroviário português, é bem organizado, barato de visitar e muito completo. Todo o museu alberga 4,5 hectares e permite não só ver as locomotivas estacionadas como ver os comboios modernos da nossa “frota” circularem entre o museu e a estação do Entroncamento. Não só é um espaço que entusiasma adultos, bem como fascina crianças, sendo um museu interactivo.

O Museu Nacional Ferroviário

Logo à entrada, no armazém de víveres, ficam a bilheteira, cafetaria, loja e o início da exposição permanente com uma sala de exposições temporárias. Podem conhecer as caldeiras que se utilizavam para produzir o vapor, uma mesa telegráfica. É provável que não consigam ver tudo, se não tiverem muito tempo disponível, foi o que nos aconteceu.

Saindo do edifício encontram a rotunda de locomotivas. É necessário atravessar as linhas em funcionamento, mas haverá assistência para que a passagem seja feita em segurança. À frente das locomotivas existe uma placa giratória. A placa giratória permite movê-las em caso de necessidade. Não é permitido subir às locomotivas, no entanto, existe uma pequenina (fora da rotunda) onde podem entrar e tirar fotos.

Nas oficinas do vapor continua a exposição permanente. Encontram ali o Comboio Real e o Comboio Presidencial. Em contraste com estas verdadeiras peças de museu existe uma maquete em tamanho real do interior do novo Alfa Pendular e outros comboios. Este espaço também é interativo, por exemplo, podem selecionar o destino de alguns comboios, ou vestirem-se a rigor.

Podem ler sobre a nossa experiência no Comboio Presidencial, o projecto da Lohad (The Presidential) com o chef do Restaurante Vila Joya.

Existe ainda uma sala multi-usos e a parte que provavelmente mais agrada às crianças. Existe um circuito de modelismo tripulado. Nós não o encontrámos em funcionamento, porque chegámos em cima da hora do fecho, mas já vimos em vídeo.

Em resumo, os comboios já foram correios, meios de transporte de passageiros, de mercadorias, tinham carruagem restaurante, quarto de banho e sala de máquinas. Faziam parte das estações as bilheteiras, os horários, as oficinas, as enfermarias, o sistema de comunicação entre estações e comboios. Tudo isto encontra-se representado aqui no Entroncamento e noutros núcleos que complementam o museu.

Núcleos Museológicos

Fazem parte do Museu Nacional Ferroviário alguns núcleos espalhados pela linha ferroviária do país. Só conhecemos o de Macinhata do Vouga (linha do Vouga), que visitámos quando andámos no comboio histórico do Vouga.

Podem ler o artigo comboio histórico do Vouga

Alguns estão temporariamente encerrados como Valença (linha do Minho) e Lagos (linha do Algarve), mas são eles:

• Arco Baúlhe: Cabeceiras de Basto
• Bragança
• Chaves
• Lagos
• Lousado
• Macinhata de Vouga
• Valença

Horário:

• abre de terça a domingo das 10-16h;
• fecha à segunda-feira, 1 de janeiro, domingo de páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro

Preço:

• 6€ adultos
• 4€ maiores de 65 anos
• 3€ dos 6 aos 18 anos, estudantes e desempregados
• não se paga no dia 18 de maio (dia dos museus)
• Núcleos: grátis, excepto Núcleo da Macinhata do Vouga:
  • 2€ adulto
  • 1€ reformados e dos 15 aos 25 anos

Vejam na página do museu nacional ferroviário outros descontos ou dias de entradas grátis.

Vale a pena

É provável que seja um museu mais indicado a famílias ou amantes de comboios. No entanto, a nós agradou-nos imenso e sabemos que em breve voltaremos, para ver o que ficou por explorar. Sem dúvida que nos soube bem conseguir um bilhete de oferta na compra de outro, mas também pagaríamos o preço normal, se fosse caso disso.

Para nós teve mais importância por já termos viajado no comboio presidencial e visto uma exposição da viagem do Presidente Bernardino Machado, intitulada Boa Viagem, Senhor Presidente!, em Cascais. Foi a primeira vez que um chefe de estado viajou até ao estrangeiro de comboio, e teve bastante repercussão, visto sermos um país com uma República tão jovem. Agora em setembro de 2024, aproveitámos a Semana Europeia de Mobilidade para visitar a Oficina de Manutenção de Campolide, pela primeira vez aberta ao público. Não conseguimos participar em toda a visita porque a Maria assustou-se com o barulho.

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