Recapitulando 10 dias no Sri Lanka:

Ponto prévio: soubemos que estávamos na lista de bloggers que iam visitar o Ceilão ainda a Raquel estava grávida e tornou-se óbvio para nós que ela ir estava fora de questão. A escolha era entre não ir nenhum de nós ou ir só o Tiago para não perdermos a oportunidade. Não que o Sri Lanka estivesse na nossa lista de destinos para os próximos tempos, queríamos deixar as miúdas crescer mais um bocadinho. No entanto, sabíamos que é um país muito interessante e completo. Tínhamos amigos que já lá tinham ido e diziam maravilhas: “um bom país para começar a pisar a Ásia”. Além disso, as marcas da história de ocupação e tentativa de colonização portuguesa interessam-nos.

O Sri Lanka pode ser conhecido com este nome há pouco tempo, mas faz parte da história portuguesa muito antes disso, primeiro como Taprobana (gregos e romanos) e Serendib (árabes), e mais tarde como Ceilão. O país teve muita importância como porto comercial para gregos, árabes, portugueses, holandeses e britânicos.

Passaram ainda além da Taprobana” Camões em Lusíadas

O roteiro de 10 dias no Sri Lanka não foi o mais óbvio, deixando algumas atrações de renome de fora, como Sigirya, Adam’s Peak, a gruta Dambulla, o templo budista Pidurangala, a Praia de Mirissa e os pescadores sobre estacas do sul, mas as viagens fazem-se para além do óbvio. Recomendamos uma visita com mais algum tempo, duas semanas é para nós o mínimo ideal. O país ainda permite fazer aulas de surf, retiros de ioga, nadar com tartarugas e ver baleias.

Colombo

Os 10 dias começaram em Colombo, capital do Sri Lanka. As duas primeiras noites foram passadas num mega hotel recém inaugurado – Cinnamon Life City of Dreams. Estreámos a piscina infinita para vos poder escrever com conhecimento de causa.

Colombo é uma cidade agitada e colorida, com os tuktuk e vendedores de fruta e legumes por todo o lado. Misturam-se as religiões: mesquitas, templos budistas, hindus e igrejas católicas numa única cidade a conviver em harmonia, como se espera por todo o mundo. Nem sempre foi assim, o Sri Lanka viveu tempos difíceis, e foram há pouco tempo.

Passear de tuktuk é a forma mais barata e mais imersiva de conhecer a cidade, e entrar nos mercados a melhor forma de ver as pessoas e sua cultura. Também se pode conhecer a cidade num autocarro panorâmico como nós fizemos. O autocarro era da empresa Ebert Silva Holidays e chama-se Colombo city tour. A Colombo city tour tem três tipos de visitas guiadas: Glimpse of Colombo, Heritage of Colombo e Colombo at Night. Custam entre 25 e 35$. A nossa foi personalizada, tendo terminado no Hotel Mount Lavinia.

Ratnapura

Provavelmente significa Cidade das Gemas e já vamos explicar porquê. Foi mais uma das cidades onde os portugueses chegaram, onde construíram um forte e uma igreja no local do templo Ratnapura Maha Saman Devalaya, em 1620. O forte foi destruído pelo rei de Kandy, que erigiu no local um templo budista. Mais tarde os holandeses voltaram a construir um forte. Fica relativamente próxima da Floresta Sinharaja e do Adam’s Peak (ou Pico do Adão ou Sri Pada). Nota: atenção ao planeamento do trajeto entre estes pontos – as estradas são escassas, sinuosas e podem estar fechadas.

O clima quente e húmido torna região muito verde, onde a chuva abundante alimenta as diversas cascatas (Bopath Ella Falls, Katugas Ella Falls e Kirindi Ella Falls), mas a região vive maioritariamente da extração de pedras preciosas. O método utilizado é muito rudimentar, mas nem por isso pouco eficaz, já que conseguem extrair as mais variadas pedras, na maioria safiras de todas as cores, mas principalmente azul. O trabalho no minério ainda não foi industrializado por questões religiosas. O budismo não fere animais e as máquinas poderiam fazê-lo. É considerado bastante sustentável e equilibrado para os trabalhadores que têm de morar perto da mina para terem maior qualidade de vida.

O cascalho sobe dos túneis escavados através de um poço. O trabalhador fica dentro de um buraco de lama (poço) e, usando um cesto e o seu olho treinado, vai lavando o cascalho em busca de safiras. Também pode ser retirado cascalho submerso, enviando o mineiro ao fundo do rio. O truque está em abanar o cesto para conseguir ver as pedras que se tiraram. Faz lembrar as novelas da Globo que envolvem os garimpeiros.
Foi daqui que saíram algumas das pedras preciosas mais famosas do mundo, como a safira azul Blue Belle of Asia e a Star of Índia, que está em exibição no Museu de História Natural de Nova Iorque. Por curiosidade, a primeira vale 17 milhões de dólares e foi encontrada em Pelmadula em 1926, e a segunda foi doada ao museu por J. P. Morgan. A Star of India voltou a ser exposta na renovada ala Mignone Halls of Gems and Minerals em 2021, depois de 4 anos de obras no museu.

Se é um sonho vosso comprar uma safira podem confiar em nós, aqui é muito mais em conta, já que estão na sua origem. Levarão convosco uma prenda que será a inveja de qualquer ourives. O grupo viu aqui um anel simples por 170€, tendo encontrado um idêntico muito mais caro em Galle, numa ourivesaria mais turística. Podem pedir o certificado da safira para garantirem que é autêntica. A zona onde se faz a compra e venda de pedras e tem várias ourivesarias é aqui, mesmo em frente ao forte holandês, na National Gem and Jewellery Authority.

Apesar de não termos visitado, existe um museu de pedras preciosas em Ratnapura, o Dhanaja Gem Museum.

Adam’s Peak

A nossa viagem não incluiu a montanha sagrada para muçulmanos, budistas e hindus. Aqui fica a pegada sagrada. De quem, perguntam vocês. Depende: de Adão (muçulmanos), de São Tomás (católicos), de Shiva (hindus) ou de Buda (budistas).

O pico de Adão fica a 2234 metros de altitude e a época de peregrinação vai de dezembro a abril. Há mais de 1000 anos que é um ponto de devoção.

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Floresta Sinharaja

As duas noites seguintes foram passadas no meio desta floresta património UNESCO. A viagem a partir de Ratnapura foi de cinco horas para fazer cerca de 150 km em picada, uma estrada (em obras) que coloca a Serra da Leba em Angola ou a S Calobra em Maiorca num chinelito. O objetivo: fazer um trilho e esquecer as sanguessugas. Sinharaja é a última floresta virgem tropical do país, muito rica em fauna e flora. Por isso os seus 11.000 hectares de floresta intocada são património UNESCO. É um ótimo local para observar pássaros, borboletas, lagartos (e fugir de sanguessugas). Ainda houve oportunidade para experimentar um spa gratuito de peixes.

Sobre as sanguessugas, é necessário calçar umas meias compridas especiais que ficam por cima das calças para não permitir que elas se agarrem às pernas. De qualquer forma, se não forem completamente tapados elas podem-se a agarrar a qualquer outra parte do corpo. São rápidas, a sua mordida é indolor, e devem ser puxadas com cuidado, se não quiserem esperar pelo fim da refeição, quando elas largam a presa. Porque os acidentes acontecem é sempre importante terem um médico de confiança a quem ligar, a Andreia da Consulta do Viajante Online foi na viagem, e recomendamos o serviço dela, principalmente num país como o Sri Lanka e numa zona com acessos mais difíceis e menos serviços clínicos.

Ella

O destino tornou-se famoso pelas fotografias de casais pendurados no comboio, começando a ser imitada por vários viajantes ocidentais, mas a ponte em si já era uma atração turística. A ponte de 9 arcos é uma construção inglesa de 1921, num ângulo circular a fazer lembrar a ponte escocesa de 21 arcos, Glenfinnan Viaduct, a famosa ponte do Harry Potter, ou o viaduto suíço que percorremos no Bernina Express.

Foram os ingleses que construíram os caminhos de ferro no país e o comboio circula desde 1920 de Badulla até ao porto de Colombo para transportar o chá. Tal como em vários locais do mundo, passaram a ser uma atração turística.

Hoje as viagens de comboio que atravessam a ponte esgotam e é difícil conseguir lugar nas portas. O Tiago não viajou no comboio, mas pode bastar tirarem a foto com a ponte como fundo, ou sentados nela.
A viagem mais curta é de Ella a Badulla (50 minutos), custa 1€ e acontece cinco vezes por dia. Podem comprar os bilhetes na página dos caminhos de ferro do Sri Lanka. Não sabemos dizer como funciona nem quais são os melhores comboios porque a experiência não incluiu a viagem, no entanto lemos que a melhor parte do percurso é Nanu Oya para Ella, que leva duas horas e meia. O percurso famoso é o dos comboios azuis de Kandy a Ella. Reservem na primeira classe se quiserem ar condicionado e lugares reservados e comprem de preferência nas estações. Lemos que pode ser melhor comprar no dia indo para a estação às 7:30 da manhã, que há sempre bilhetes, mas já sabem que a procura pode mudar o sistema. As bilheteiras só abrem às 8:30h.
Desde 2022 foi criada uma rota de luxo, a The Ella Odyssey (comboio 1041, no regresso é o 1042). São 21 paragens, 10 delas em locais com atrações, e tem a vantagem de parar o suficiente nas atrações para saírem e tirarem fotografias. Sai de Colombo às 5:30h da manhã e chega a Badulla quase às 16h, às quintas e sábados. Às sextas e domingos sai de Colombo às 9:50h e chega às 19:20h. Comprem com antecedência. O comboio tem restaurante e de Colombo para Ella o melhor lado é o direito. O preço é de 5000 Rupias.

Não se esqueçam, como todos os produtos turísticos e instagramáveis, é impossível conseguir as fotografias vazias que vêem na internet. Lembrem-se também que pendurarem-se num comboio em andamento pode ficar muito bem em reels, mas pode ser perigoso. Também há vários vídeos desses na internet: quedas, gente arrastada por obstáculos, etc.

Para quem gosta de fotografia, há dois cafés com vista para a ponte. O Cafe Soul Ella tem das melhores vistas, mas é um local com produtos caros e demorado. O Asanka Café fica mais acima. É um espaço simples. Existe um túnel que também pode dar boas fotos.

Restaurantes, cafés e hotéis de Ella

Ella tem uma atmosfera relaxante, paisagens deslumbrantes e uma vibrante cena turística com um pitoresco centro com cafés que servem café como deve ser e restaurantes bem decorados com oferta de cozinha tradicional do Sri Lanka e pratos internacionais. Passamos um bom serão no The Barn e podemos recomendar. A oferta de alojamento é vasta, desde luxuosos resorts com vistas panorâmicas até acolhedoras guesthouses rodeadas de vegetação.

Plantações de chá

Em Ella vale a pena visitar uma fabrica de chá. Nós visitámos a Halpé Tea, onde podem simular ser apanhadores de folhas de chá e fazer uma prova. Vale a pena pela experiência e para aprenderem porque é uma profissão reservada às mulheres. Também podem subir um pequeno trilho até ao Lipton’s seat, onde Sir Lipton se sentava a observar a extensão das suas plantações. Falamos nisso no nosso artigo.

Little Adam’s Peak

É uma caminhada cénica bastante simples, sem muita dificuldade. Começa por ser em terra batida e termina numa escadaria de pedra. Ir e voltar são 1,6km e cada lado não chega a meia hora de caminhada até aos 1140 metros acima do mar. É um percurso fácil, gratuito e perfeito para fazer ao nascer do sol, ou se preferirem não madrugar, ao pôr-do-sol.

Ravana

Ora aqui encontram uma gruta, umas quedas de água e uma zipline (slide/tirolesa). Comecemos pela parte mais radical: o cabo da Flying Ravana tem mais de 500 metros e “embarcam” no mini Adam’s Peak. Atinge 80km/h por isso recomenda-se roupa confortável (saias e vestidos não, nem roupa muito solta e larga), cabelos compridos amarrados, de preferência. É uma atividade que segue normas europeias e permitida a partir dos 6 anos. Custa 33$ a adulto e 20$ a criança.
A Cascata (cachoeira) Ravana é uma das maiores do país (35 metros de largura) e fica dentro do Santuário de Vida Selvagem de Ravana Ella. O seu nome vem do rei maldoso Ravana que governou o Sri Lanka. Fica com mais caudal na época das chuvas. A Caverna de Ravana fica 1370 metros acima do nível do mar. Foi aqui que o Rei Ravana escondeu a princesa Sita. É necessário subir uns bem difíceis, desiguais e íngremes 650 degraus (só para quem estiver em boa forma). Esta ligada à cascata por um sistema de túneis.

A história de Ravana e Sita… Ravana é o rei demónio de Lanka, casado com Mandodari e mulherengo. Quer-se vingar de Rama, rei da Índia, casado com Sita. Ravana rapta a esposa do rival, a rainha Sita e esconde-a em Lanka, na caverna. O sistema de túneis liga a caverna à cascata e a cidades do país. Há uma zona de água acumulada da cascata onde Sita tomava banho. Estes contos antigos têm várias versões, mas basicamente há uma batalha e Rama consegue matar Ravana.

Mosteiro Budista de Mahamevnawa

O Mosteiro Budista Mahamevnawa de Ella, no Sri Lanka, é um centro dedicado ao budismo Theravada. Foi fundado em 1999 e faz parte da rede Mahamevnawa, criada para revitalizar os ensinamentos autênticos de Buda. Situado entre colinas verdejantes, o mosteiro oferece um ambiente de paz, ideal para meditação e estudo. Os visitantes podem participar em cerimónias, ouvir ensinamentos budistas e contemplar a natureza, atraindo tanto devotos como curiosos em busca de introspeção e espiritualidade, proporcionando uma experiência potencialmente transformadora no coração das montanhas do Sri Lanka.

Tissamaharama

A partir desta cidade pode-se visitar o Parque Nacional de Yala e templos importantes, como Kataragama e Situlpawwa.

Yala é o único parque natural com leopardos, daí as grandes romarias a este. Se só quiserem ver elefantes recomendamos que escolham outro parque, porque neste a afluência é excessiva, formando mesmo filas de jipes de largos minutos na tentativa de ver os icónicos leopardos, tornando a experiência desagradável. De qualquer forma, o parque tem uma paisagem verde luxuriante que por si só, mesmo sem os animais, já justifica a visita.

O Templo Situlpawwa fica no interior do do parque, sendo um antigo mosteiro budista com mais de 2.000 anos de história que impressiona pela panorâmica a partir da stupa sobre o parque que acaba por lhe dar o nome, uma vez que Situlpawwa deriva do termo pali “Chittalapabbata”, que significa “rocha da mente pura”. No interior desta rocha encontra-se uma caverna de meditação com uma estátua de Buda reclinado, que reflete a tradição artística e espiritual do budismo antigo no Sri Lanka. Esta figura, que representa Buda em Parinirvana (o seu estado final antes do nirvana), é uma das relíquias mais veneradas do templo.

A passagem por Kataragama, um local de veneração para budistas, hindus e muçulmanos, é imperdível. Nos tempos que correm impressiona sempre que se encontra esta pacífica convivência, como se esperaria dos homens de fé. O Santuário de Kataragama é dedicado ao deus hindu Skanda (Murugan) e Kiri Vehera é uma antiga stupa budista do século III a.C. O evento mais conhecido é o Esala Perahera, com procissões e danças tradicionais, que decorre habitualmente em julho ou agosto. Além deste, diariamente existem pujas (rituais de adoração), cerimónias que acontecem ao anoitecer e incluem oferendas de frutas, flores e incenso, sendo praticados tanto no hinduísmo como no budismo.

Se estiverem numa onda de templos, em Tissamaharama poderão visitar o Raja Maha Vihara, próximo do lago Tissa, que tem uma stupa com cerca de 2.300 anos, sendo uma das maiores (55m de altura) e mais antigas do país. Diz-se que a stupa contém relíquias sagradas de Buda, tornando-se um importante local de peregrinação.

Galle

A cidade que mais mostra a influência portuguesa é Galle, sendo a cidade fortificada antiga património UNESCO. Os portugueses estabeleceram aqui uma zona comercial no século XVI e os holandeses tomaram-na um século mais tarde. Dentro do forte encontram-se igrejas e pitorescas casas caiadas no estilo colonial europeu. Destaque para a igreja de São Sebastião, o Museu Marítimo de Galle e o farol erigido em 1848, um dos mais antigos do país. É uma cidade à beira-mar com muita pinta, com as suas lojas de artesanato, cafés e hotéis, que vale a pena conhecer.

Onde ficámos

Cinnamon Life at City of Dreams: Um hotel que tem tudo, não falta nada. Tem piscina infinita, SPA, vista para a Lotus Tower, vários restaurantes, bares, ginásio, etc. Tinha aberto há uma semana quando o Tiago ficou lá hospedado. Agora em dezembro abriu o bar junto à piscina, um restaurante de sushi, Yorokobi, e um indiano, Indiya. O último restaurante asiático que abriu foi o Sapphire Dragon. Tem vários restaurantes, bares e salas que parecem saídas de um museu, com obras de arte. Os quartos são bem decorados e o serviço é 5*. Fomos recebidos com coroas de flores e no quarto tínhamos uma garrafa de vinho de África do Sul e fruta. Uma das piscinas tem vista sobre o mar, os hotéis mais recentes e Galle Face Green, a vasta zona verde com 5 hectares junto ao mar.

Em Colombo fomos a uma festa no Mount Lavinia Hotel. É um hotel com muita história, o primeiro a ter discoteca e ar condicionado, que começa com uma história de amor entre um governador escocês e uma dançarina mestiça. O governador decide construir ali uma casa para viver secretamente esse amor. Desde aí foi casa de vários governadores até se ter tornado um hotel.

The Rainforest Ecolodge, é um alojamento diferente, mas impressionante pela sua paisagem. As cabanas são elevadas e podem ser individuais ou com dois quartos. A vista é fenomenal e permite desligar e conectar com a natureza de forma muito próxima, talvez demasiado para os mais citadinos.

Ekho Safari Tissa, um hotel que é uma ótima escolha para ir fazer os Safaris a Yala, já que fica a 20 minutos do Parque Nacional. Tem piscina e fica em Tissamaharama, junto ao lago. Todos os quartos têm vista para o Lago Tissa.

Jetwing Lighthouse é uma cadeia de hotéis com este em Galle que é muito interessante. O hotel tem uma obra de arte no corrimão da escadaria circular que remete para a ocupação portuguesa. A escultura é uma obra de Laki, já falecido. Geoffrey Bawa, o arquiteto que projetou o hotel, contratava sempre Laki nas suas obras, como por exemplo no Parlamento Nacional. A escultura representa a batalha de Randeniya, travada em 1630 entre portugueses e cingaleses, em que os portugueses saíram derrotados. Estivemos aqui antes do nosso voo, o que permitiu aproveitar a praia e a piscina.

Cinnamon, Ekho e Jetwing são cadeias com vários hotéis. Alguns têm hotéis nas Maldivas (Cinnamon) ou Nova Zelândia (Jetwing).

Nota: os bons hotéis, com serviço de padrão europeu, custam a partir de 200-250€/noite em quarto duplo

Onde comer

Todas as refeições no Hotel em Colombo (Cinnamon City of Dreams) foram boas. O Top do Tripadvisor são quase todos restaurantes de hotéis de renome. No Dutch Hospital existe o famoso Ministry of Crab. Não conhecemos, mas é um dos 50 restaurantes imperdíveis do país.

Em Ella a pizza do The Barn By Starbeans era muito boa e perfeita para variar na gastronomia. Falámos nos Cafe Soul Ella e Asanka Cafe como locais com vista para a ponte e comboios.

The Bungalow é o restaurante nº1 em Galle, mas o grupo fez as refeições no hotel (Jetwing Lighthouse), e era bom. O Bungalow fica dentro do forte.

Em Yala o pódio pertence ao restaurante do Jetwing Yala.

Fala-se muito que os pescadores sobre estacas que existem já só o fazem para atividades turísticas e cobram. Encontrámos um local onde a vista para o mar do café é para um desses locais. No Thileni’s a vista é uma dessas zonas de pesca tradicional. A atividade hoje é meramente uma atração turística, pois o tsunami de 2004 destruiu os recifes onde se pescava. Fica na praia de Ahangama, entre Galle e Mirissa.

Para quem gosta de alta cozinha, já referimos no artigo de Colombo que não há estrelas Michelin no país. Por vezes hotéis de topo fazem jantares especiais em que convidam chef’s com estrela Michelin para cozinhar.

O que faríamos diferente

O normal seria um roteiro-tipo de:

  • 10 dias: 2 em Sigiriya, 1 em Kandy, 2 em Ella, 1 em Udawalawe, 2 em Mirissa, 1 em Galle e 1 em Colombo.
  • 14 dias em: 1 em Colombo, 1 em Galle, 1 em Unawatuna, 1 em Mirissa, 1 em Tangalle, 1 no Parque Nacional de Yala, 2 em Ella, 1 em Kandy (um dia extra para a viagem de comboio), 1 em Dambulla, 1 em Sigiriya, 1 em Polonnaruwa e 1 em Anuradhapura.

Na nossa opinião:

  • Provavelmente retiraríamos o PN de Yala e iríamos antes a Udawalawe, porque a probabilidade de ver os leopardos é reduzida.
  • Apesar da floresta Sinharaja ter sido interessante não a incluiríamos num roteiro em família com crianças pequenas. Se fôssemos teríamos cuidado em otimizar a viagem e reduzir o desvio e tempo em estrada.
  • Agora com outro conhecimento teríamos explorado Ratnapura sob outra perspectiva, ou retirado do roteiro.
  • Dentro do nosso gosto de explorar arquitetura tentaríamos visitar a torre Ambuluwawa. Dizem-nos que custa 2000 rupias, e tuktuks pagam 150. A torre faz parte dum complexo pluri-religioso e fica perto de Kandy em Gampola. Podem chegar de comboio e depois tuktuk.
  • Exploraríamos mais o sul. Podem ver tartarugas nas praias de: Dalawella (Unawatuna), Mirissa e Rekawa Turtle (Tangalle). Vimos testemunhos que dizem que basta alugar equipamento de snorkel (500 rúpias) e entrar na água. Sobre os pescadores de estacas, queremos relembrar que o tsunami levou ao fim da atividade de forma espontânea e com a finalidade de pescar e passou a ser realizada apenas para os turistas perceberem como era. Têm de pagar para assistir.

Este artigo pode conter links afiliados.

365 dias no mundo estiveram no Sri Lanka de 29 de outubro a 7 de novembro de 2024 a convite do Turismo do Sri Lanka, com apoio da Iati Seguros e Sony Portugal

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8 Responses

  1. Que resumo interessante dessa viagem ao Sri Lanka! Acompanhei outros posts, inclusive dos outros parceiros que participaram dessa viagem, e fiquei muito impressionada com o país. Mas confesso que as sanguessugas e o spa dos pés não me atraem nadinha hahaha

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